Realizar avanços em tecnologias-chave e dispositivos centrais, como fusão cérebro-computador, chips semelhantes ao cérebro e modelos neurais de computação cerebral, desenvolver uma série de produtos de interface cérebro-computador fáceis de usar e seguros, e incentivar a exploração de aplicações em campos típicos, como reabilitação médica, direção autônoma e realidade virtual
China projeta criar rival da Neuralink de Elon Musk até 2025
O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) chinês publicou um documento que revela planos de desenvolver produtos de interface cérebro-computador até 2025.
De acordo com o comunicado, o país pretende se tornar líder global em áreas como chips cerebrais e computadores quânticos até 2027.
A publicação do documento oficial aconteceu dias antes de Elon Musk anunciar no X, antigo Twitter, que sua empresa Neuralink realizou seu primeiro implante cerebral em humanos.
The first human received an implant from @Neuralink yesterday and is recovering well.
Initial results show promising neuron spike detection.
— Elon Musk (@elonmusk) January 29, 2024
Esta não é a primeira vez que chips são implantados no cérebro. Empresas como a Synchron, a Precision Neuroscience e outras pesquisas científicas já fizeram o mesmo.
No entanto, a semelhança dos planos chineses com o trabalho da empresa do bilionário americano foi interpretada como uma rivalidade.
Os planos da China
Em novembro de 2023, o MIIT já havia anunciado um roteiro de seus planos para produzir em massa robôs humanoides até 2025.
Agora, de acordo com o novo documento, o objetivo é impulsionar a tecnologia produzida no país em várias áreas. Por exemplo, produtos de realidade virtual, condução autônoma e também de reabilitação clínica de pacientes.
Confira um trecho do anúncio feito pelo governo da China.
De acordo com o MIIT chinês, a ideia é criar produtos chamados de icônicos até 2025.
Os avanços chineses
Nos últimos anos, a China trabalhou ativamente na criação de dispositivos de interface cérebro-computador. Em 2019, pesquisadores da Universidade de Tianjin e da estatal China Electronics Corporation apresentaram à imprensa um chip chamado “Brain Talker”.
Recentemente, cientistas da Universidade Tsinghua desenvolveram um dispositivo chamado SprialE que tem função parecida. No entanto, ele não é implantado por procedimentos invasivos.
Com formato em design espiral, basta inseri-lo no ouvido interno de uma pessoa e seu cérebro se conecta a um computador.
Além disso, o jornal South China Morning Post anunciou em 2023 que o governo chinês também financiou um laboratório de pesquisa de interface cérebro-máquina em Tianjin.