Tecnologia

China projeta criar rival da Neuralink de Elon Musk até 2025

Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China anunciou plano de criar chips cerebrais e liderar mercado global até 2027

O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) chinês publicou um documento que revela planos de desenvolver produtos de interface cérebro-computador até 2025.

De acordo com o comunicado, o país pretende se tornar líder global em áreas como chips cerebrais e computadores quânticos até 2027.

A publicação do documento oficial aconteceu dias antes de Elon Musk anunciar no X, antigo Twitter, que sua empresa Neuralink realizou seu primeiro implante cerebral em humanos.

 

Esta não é a primeira vez que chips são implantados no cérebro. Empresas como a Synchron, a Precision Neuroscience e outras pesquisas científicas já fizeram o mesmo. 

No entanto, a semelhança dos planos chineses com o trabalho da empresa do bilionário americano foi interpretada como uma rivalidade.

Os planos da China

Em novembro de 2023, o MIIT já havia anunciado um roteiro de seus planos para produzir em massa robôs humanoides até 2025.

Agora, de acordo com o novo documento, o objetivo é impulsionar a tecnologia produzida no país em várias áreas. Por exemplo, produtos de realidade virtual, condução autônoma e também de reabilitação clínica de pacientes.

Confira um trecho do anúncio feito pelo governo da China.

Realizar avanços em tecnologias-chave e dispositivos centrais, como fusão cérebro-computador, chips semelhantes ao cérebro e modelos neurais de computação cerebral, desenvolver uma série de produtos de interface cérebro-computador fáceis de usar e seguros, e incentivar a exploração de aplicações em campos típicos, como reabilitação médica, direção autônoma e realidade virtual

De acordo com o MIIT chinês, a ideia é criar produtos chamados de icônicos até 2025.

Os avanços chineses

Nos últimos anos, a China trabalhou ativamente na criação de dispositivos de interface cérebro-computador. Em 2019, pesquisadores da Universidade de Tianjin e da estatal China Electronics Corporation apresentaram à imprensa um chip chamado  “Brain Talker”.

Recentemente, cientistas da Universidade Tsinghua desenvolveram um dispositivo chamado SprialE que tem função parecida. No entanto, ele não é implantado por procedimentos invasivos. 

Com formato em design espiral, basta inseri-lo no ouvido interno de uma pessoa e seu cérebro se conecta a um computador. 

Além disso, o jornal South China Morning Post anunciou em 2023 que o governo chinês também financiou um laboratório de pesquisa de interface cérebro-máquina em Tianjin.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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