O FBI publicou nesta terça-feira (22), seu relatório anual sobre os ataques cibernéticos e as notícias de 2021 não são animadoras. Cibercriminosos conseguiram faturar quase US$ 7 bilhões em um ano, diz o documento.
O relatório comparou os novos dados com os de 2020 e foi notado um aumento considerável nas demandas de crimes virtuais.
As reclamações aumentaram em 2021: ao todo foram 847.376 –7% a mais em relação a 2020, que registrou cerca de 791.790 reclamações. E o total de dinheiro perdido para crimes cibernéticos também bateu recorde no ano passado com um aumento de 64%, totalizando US$ 6,9 bilhões roubados.
Causas desse aumento
Um dos maiores desencadeadores para o aumento de ataques cibercriminosos, segundo o relatório, foi a pandemia de Covid-19. O aumento do trabalho remoto, das aulas online e das reuniões virtuais levou a essa elevação nas fraudes. Uma comparação do crescimento dos números nos últimos dois anos com o relatório de 2019, dá a noção da gravidade da situação.
Em 2019, esse número foi de apenas 467.361 reclamações em um ano e, automaticamente, o dinheiro roubado foi menor.
As principais linhas de roubos cibernéticos são golpes de criptomoeda, golpes de e-mail comercial, golpe de romance online, golpes de suporte técnico e golpes de Ransomware.
Segundo o relatório, os cibercriminosos roubaram US$ 2,4 bilhões comprometendo contas de e-mail comerciais, que costumam ser usadas para iniciar transferências eletrônicas fraudulentas.
Através de golpes de investimento, que geralmente envolviam oportunidades falsas de investimento em criptomoedas, foram saqueados US$ 1,46 bilhão.
Um dos golpes que mais cresceu durante o período de isolamento social foi do falso romance online, onde um golpista pode se passar por um potencial parceiro romântico antes de exigir dinheiro para remediar uma suposta emergência. Com esse tipo de fraude foram roubados US$ 956 milhões.
E apesar de ser repetidamente uma das principais notícias, o ransomware foi responsável por “apenas” US$ 49,2 milhões em perdas.
Ainda no relatório foi detalhado qual público foi o mais lesado em perdas de crimes virtuais.
Apesar de serem teoricamente mais experientes, o FBI relatou que pessoas mais velhas, acima dos 60 anos totalizaram US$ 1,68 bilhão de perdas. Já os mais jovens entre 20 a 29 anos, tiveram US$ 431 milhões perdidos.
Os golpistas estão se voltando cada vez mais para transações de criptomoedas difíceis de rastrear habilitadas por caixas eletrônicos compatíveis com elas, que o FBI descreve como mal regulamentadas e oferecendo transações instantâneas e irreversíveis.
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