Cidade do Alasca vê sol após mais de 2 meses: como vivem os moradores?
A cidade de Utqiagvik, ao norte do Círculo Polar Ártico, no Alasca (EUA), não via o sol desde 18 de novembro. Ele se pôs às 13h43, no horário local, e, por mais incrível que pareça, não nasceu durante dois meses, até a última segunda-feira (23), quando o estrelão retornou das 13h04 às 14h15.
Pouco antes, o Escritório de Gestão de Terras do Alasca informou o evento pelo Facebook com uma imagem do último dia de luz na região, feita pelo Instituto de Geofísica da Universidade de Alaska Fairbanks.
“Lá vem o sol! Hoje às 13h04, a noite polar terminará oficialmente para os nossos vizinhos em Utqiagvik. Todos os anos, as comunidades ao norte do Círculo Ártico experimentam a “noite polar” quando o sol não nasce sobre o horizonte. Em Utqiagvik, a comunidade mais setentrional do Alaska, a noite polar dura 65 dias”, escreveu a página.
O que é a noite polar, que deixa o Alasca sem sol?
Pode parecer estranho, mas a falta de luz natural é frequente para quem vive na região. Segundo destacou o site Tech Times, alguns moradores tomam suplementos para se precaverem da falta de vitamina D. Enquanto isso, outros contam com um imitador de luz solar, como o dispositivo Happy Light, feito para quem não pode sair de casa e precisa de suplementação solar. O adjetivo “happy” no nome do produto não é exagero: a falta de luz solar realmente pode afetar e muito o seu humor.
Isso acontece devido à inclinação da Terra, que provoca também a mudança de estações. Durante o inverno, o Hemisfério Norte se afasta do Sol, diminuindo os dias. Utqiagvik, então, fica no escuro por dois meses.
Em contrapartida, a cidade, antigamente chamada de Barrow, tem mais de dois meses de sol direto no verão, época em que o Hemisfério Norte aponta para o astro. A partir de 12 de maio, a cidade do Alasca irá desfrutar de contínuos e longos dias ensolarados.
Com informações de WSLS 10 News e ABC Noticias.