A ciência forense enfim descobriu quem é Jack, o Estripador?

Jack, o Estripador foi um assassino em série que, no ano de 1888, matou diversas mulheres com requintes de crueldade em Londres.

Jack, o Estripador foi um assassino em série que, no ano de 1888, matou diversas mulheres com requintes de crueldade em Londres. Apesar das investigações, sua identidade nunca foi descoberta. Mas, de acordo com o Daily Mail, este mistério foi enfim resolvido, graças ao trabalho de um empresário e um analista forense.

O empresário Russell Edwards obteve um xale que supostamente pertencia a Catherine Eddowes, uma infeliz vítima de assassinato pelo Estripador. O cientista forense Jari Louhelainen, especializado em assassinatos históricos, analisou o xale e descobriu evidências apontando, “sem sombra de dúvida”, que Jack o Estripador era um dos seis suspeitos pela polícia da época.

Trata-se supostamente de Aaron Kosminski, um barbeiro polonês de 23 anos na época, que morava em um local próximo de onde ocorreram os assassinatos. Edwards diz que localizou uma descendente da irmã de Kosminski, para obter dela uma amostra de DNA. Louhelainen então comparou isto ao material genético presente no xale, e encontrou uma correspondência entre elas.

Em 2011, a dupla começou seus esforços para desmascarar Jack, o Estripador. Depois de três anos e meio, Louhelainen está confiante de que encontrou o assassino. Ele descreve ao Daily Mail como chegou à sua assustadora descoberta:

Eu precisava sequenciar o DNA encontrado nas manchas do xale, o que significa mapear o DNA determinando a ordem exata das bases em um filamento. Eu usei uma reação em cadeia da polimerase, técnica que permite criar milhões de cópias exatas de DNA, o suficiente para o sequenciamento genético.

Quando eu testei os perfis do DNA resultantes contra o DNA coletado da descendente de Catherine Eddowes, eles correspondiam.

Eu usei o mesmo método de extração nas manchas que tinham características de sêmen… eu pude comparar esse perfil ao de uma descendente da irmã de Kosminski, que nos deu uma amostra de DNA esfregado de sua boca. A primeira amostra de DNA mostrou correspondência de 99,2%… No teste da segunda amostra, alcançamos uma correspondência de perfeitos 100%.

Então o caso está resolvido de vez? Os teóricos da conspiração sempre dirão o contrário, mas as evidências parecem convincentes. No entanto, esta descoberta está convenientemente cronometrada com o lançamento do livro Naming Jack the Ripper – escrito por Edwards – que detalha sua jornada de detetive genético. Ou seja, isso também é uma jogada de marketing.

Além disso, um artigo no Daily Mail – jornal que nem sempre acerta nos fatos – não tem a autoridade científica de um periódico especializado e com revisão por pares, ou seja, com um escrutínio por outros cientistas antes que o estudo seja publicado.

Mesmo assim, será interessante ver o que outros cientistas terão a dizer sobre as descobertas de Edwards e Louhelainen, e se podemos realmente fechar esse caso – que ficou mais de um século sem ser resolvido. [Daily Mail]

Imagem: “A Suspicious Character”, publicada no jornal Illustrated London News em outubro de 1888, via Wikimedia

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