Um vidro criado por cientistas da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, pode revolucionar a indústria. Chamado Lion Glass, ele é, além de ecológico, dez vezes mais resistente que um vidro comum.
Para se fazer um vidro tradicional, é preciso fundindo areia de quartzo, carbonato de sódio (Na2CO3) e carbonato de cálcio (CaCO3). Além de liberar dióxido de carbono (CO2), a produção consome muita energia para elevar as temperaturas em 1.600 ºC, para a fusão do vidro.
No caso do Lion Glass, avanços na composição química e no controle do processo de fabricação fazem as temperaturas de fusão serem reduzidas em cerca de 300 a 400 graus. Isso gera uma economia de até 30% em energia e deixa o material mais resistente.
O Lion Glass, sendo tão forte, poderia permitir painéis de janela muito mais finos, afirmou Cheryl Atkinson, da Atkinson Architect. “Isso certamente aliviaria o peso das unidades de vidro isolante ou vidro triplo”, disse à BCC.
Infelizmente, o Lion Glass não é o material ideal para telas de smartphones ou tablets. O vidro tem uma tolerância térmica menor do que os tradicionais já usados na indústria.
Vidro contra quedas e rachaduras de celulares
A tecnologia tem avançado no sentido de proteger os smartphones contra quedas e acidentes, mesmo que o Lion Glass ainda não seja viável para uso em celulares. A empresa Corning desenvolveu o Gorilla Glass Victus 2 para resistir a impactos contra superfícies ásperas, como asfalto e concreto.
A empresa conduziu testes nos quais os smartphones equipados com esse recurso foram submetidos a quedas de até dois metros sobre asfalto e um metro sobre concreto. Como resultado, os smartphones que incorporarem essa tecnologia serão menos propensos a sofrer arranhões, de acordo com a empresa.
Hoje, os celulares são quase 15% mais pesados e os tamanhos de tela até 10% maiores do que os de quatro anos atrás, aumentando as chances de danos.
Ainda não se sabe quais smartphones irão contar com a proteção. Entretanto, marcas como como Asus, Motorola, Samsung e Xiaomi já usam a tecnologia da Corning. A novidade também pode servir para relógios inteligentes.
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