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Cientistas desenvolvem exame de sangue para diagnóstico rápido do Alzheimer

O exame é baseado em anticorpos que detectam a proteína tau derivada do cérebro. O procedimento torna o diagnóstico menos oneroso

Nova técnica pode ajudar no diagnóstico precoce de Alzheimer

Imagem: Steven Hwg/Unsplash/Reprodução

Para facilitar o diagnóstico de Alzheimer, um pool de cientistas desenvolveu um exame de sangue capaz de diagnosticar a doença, eliminando a necessidade de procedimentos caros e dolorosos. A pesquisa foi publicada na revista científica “Brain”.

Atualmente, os acúmulos anormais de amiloides e proteínas tau e neurodegeneração são os marcadores para detectar a doença. O processo pode ser feito por meio de uma combinação de imagens cerebrais e análise do líquido cefalorraquidiano.

Contudo, a punção lombar – que coleta o líquido na medula espinhal com uma agulha – pode causar dores de cabeça ou nas costas, enquanto a imagem cerebral é cara e precisa de um longo tempo para o agendamento.

Segundo o professor Thomas Karikari, da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, “muitos pacientes não têm acesso a scanners de ressonância magnética e PET. Um exame de sangue é mais barato, seguro e fácil de administrar”.

E, apesar dos exames de sangue atuais detectarem anormalidades nas proteínas amilóide e tau, eles encontram dificuldades com danos nas células nervosas específicos do cérebro. O exame de Karikari e sua equipe se baseia em anticorpos, que detectam uma forma particular de proteína tau – a tau derivada do cérebro -, específica para o Alzheimer.

Seiscentos pacientes em vários estágios da doença testaram a tecnologia, que distingue o Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas. O mais importante agora é validar o teste em uma gama maior de pacientes, de origens variadas ou em diferentes estágios de sintomas de demência.

A ideia é que, com a descoberta, as terapias possam ter início mais cedo. Além disso, Karikari também espera que o monitoramento dos níveis de tau derivado do cérebro no sangue possa auxiliar em pesquisas para tratamentos de Alzheimer.

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