Cientistas encontram furos feitos por crocodilos em múmia de dinossauro
Mais de duas décadas atrás, pesquisadores encontraram na Formação Hell Creek, nos EUA, os restos fossilizados de um Edmontosaurus. Faltava no animal apenas sua cabeça, a ponta da cauda e também o membro anterior esquerdo. O resto de seus ossos estava intacto.
A pele do dinossauro também chamava a atenção, já que o ferro liberado durante o processo de fossilização deu a ela um aspecto brilhante. Mas até 2018, o espécime ainda estava envolvido em uma rocha, o que dificultava sua análise.
Então, cientistas começaram a limpá-lo e encontraram marcas de mordida que podem ajudar a explicar a preservação do animal. Sabe-se que o corpo dos dinossauros pode mumificar devido a rápidos deslizamentos de terra ou inundações, que “guardam” o corpo das ações do ambiente.
Não foi o que aconteceu aqui. Há 67 milhões de anos, o espécime, que recebeu o nome de Dakota, morreu. O corpo largado as traças foi visto como um banquete por crocodilos, que comeram a carne do animal.
Os buracos na pele do dinossauro permitiram que os gases e fluidos associados à decomposição vazassem de seu corpo. Consequentemente, o couro desidratou e secou, realizando um processo de mumificação natural. O estudo completo foi publicado na revista PLOS One.
Mas ainda restam algumas dúvidas: os animais predaram o Edmontosaurus após sua morte, deixando apenas sua pele. Logo, não seria comum que eles fizessem isso também com outros dinossauros herbívoros, como os saurópodes? Então por que há poucos desses mumificados? Tais dúvidas devem ser exploradas em estudos futuros.
Por enquanto, você pode checar com seus próprios olhos os fósseis do dinossauro. Eles estão expostos no North Dakota Heritage Center & State Museum. Basta adicionar o destino em sua próxima viagem.