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Cientistas ligam poucas horas de sono a menor resposta imune de vacinação

Segundo estudo publicado na revista Current Biology, os mais afetados são homens jovens que dormem menos de seis horas por noite

Cientistas ligam poucas horas de sono a menor resposta imune de vacinação

Imagem: Gregory Pappas/Unsplash/Reprodução

Pesquisadores do Instituto Nacional Francês de Saúde e Medicina, em Lyon, relacionaram as poucas horas de sono a uma menor resposta imunológica do corpo após a vacinação. O estudo completo foi publicado na revista Current Biology.

Segundo a equipe, há diversos fatores que podem influenciar a resposta imune das pessoas às vacinas, como idade, gênero e saúde geral. Agora, os cientistas mostraram que a duração do sono nos dias anteriores ao recebimento do imunizante também pode interferir no comportamento do corpo. 

Os pesquisadores combinaram dados de sete estudos que envolveram a vacinação de pessoas contra influenza e hepatite A e B – todas doenças causadas por vírus. A equipe analisou a resposta imune daqueles que dormiam de sete a nove horas por noite — considerado o ideal para adultos saudáveis –, e também daqueles que dormiam menos de seis horas por noite.

Ao final, o estudo concluiu que dormir menos de seis horas por noite reduz a resposta imune às vacinas, principalmente em homens mais jovens. A redução apontada é comparável ao declínio dos anticorpos ligados à Covid-19 dois meses após a vacinação.

A equipe não encontrou diferenças significativas para mulheres. Isso pode estar ligado às variações nos níveis de hormônios sexuais enfrentadas devido a fase do ciclo menstrual, uso de contracepção hormonal e menopausa.

Fatores como imunossupressão e comorbidades não podem ser facilmente alterados para melhorar a resposta imune do organismo. Por outro lado, a população pode regular suas horas de sono.

Os cientistas recomendam que as pessoas adotem o hábito de dormir entre sete e nove horas por noite nas semanas que antecedem a vacinação, dando assim uma força ao sistema imunológico.

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