Cientistas encontram ninho de vespas gigantes assassinas nos EUA, que são uma ameaça para as abelhas

Cientistas dos EUA encontraram ninho de vespas gigantes; o verdadeiro perigo delas não é contra nós, mas contra as abelhas.
Uma espécime de vespa asiática gigante coletada por entomologistas do Departamento de Agricultura do Estado de Washington em julho deste ano. Crédito: Karen Ducey/Getty Images
Uma espécime de vespa asiática gigante coletada por entomologistas do Departamento de Agricultura do Estado de Washington em julho deste ano. Crédito: Karen Ducey/Getty Images

Entomologistas em Washington confirmaram a existência de um ninho de vespas gigantes asiáticas, mais carinhosamente conhecidas como vespas assassinas. O ninho é o primeiro criadouro descoberto nos Estados Unidos, confirmando os temores de que as espécies invasoras possam se estabelecer e ameaçar gravemente a frágil população de abelhas do país, bem como possivelmente atacar as pessoas. Cientistas do estado planejam tentar destruir o ninho neste fim de semana.

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Os primeiros avistamentos desta vespa gigante asiática nos EUA ocorreram em Washington no inverno passado. Este ano, os cientistas começaram a descobrir vespas em julho. Mas foi só depois que entomologistas do Departamento de Agricultura do Estado de Washington conseguiram capturar vespas vivas no início desta semana que conseguiram rastrear o ninho.

Três vespas foram equipadas com rastreadores de rádio, e levou apenas algumas horas para que o ninho fosse encontrado, situado dentro da cavidade de uma árvore localizada em uma propriedade privada no condado de Whatcom. Infelizmente, o clima atrasou a tentativa de destruição de ninho marcada para sexta-feira (23).

Vespa asiática gigante capturada por entomologistas do Departamento de Agricultura do Estado de Washington nesta semana. Crédito: Departamento de Agricultura do Estado de WashingtonVespa asiática gigante capturada por entomologistas do Departamento de Agricultura do Estado de Washington nesta semana. Crédito: Departamento de Agricultura do Estado de Washington

As vespas gigantes asiáticas são as maiores da Terra, com rainhas podendo atingir 5 centímetros de tamanho. Seu apelido “assassino” é inspirado pela devastação que elas causam em suas presas.

Embora esses insetos possam sobreviver com seiva de árvore, elas adoram mastigar outros insetos que vivem em colônias, principalmente abelhas. Acredita-se que um único grupo de vespas pode escavar uma colmeia inteira com milhares de abelhas em questão de horas, e a única marca deixada para trás são as cabeças das abelhas decapitadas pelas mandíbulas relativamente enormes das vespas. Os zangões são grandes para a família, portanto, eles também salvarão a larva de abelha da colônia para levar para casa como alimento para seus filhotes.

Se isso não for ruim o suficiente, essas vespas vêm equipadas com ferrões enormes cheios de veneno potente — e eles não têm medo de usá-los. Os zangões não atacam ativamente os humanos, e uma única picada é mais dolorosa do que qualquer outra coisa. Mas podem ser fatais, principalmente para pessoas alérgicas a picadas de vespa. As estimativas variam, mas acredita-se que até 50 pessoas por ano sejam mortas por essas criaturas no Japão. Por esse mesmo motivo, no entanto, essas vespas também são conhecidas por serem uma iguaria em partes da Ásia, onde são encontradas nativamente.

O verdadeiro perigo da vespa gigante asiática não é contra nós, mas contra as abelhas. A indústria apícola dos Estados Unidos vem enfrentando crise após crise nos últimos anos, levando a perdas recordes de colônias durante o inverno. Não há uma causa única para essas perdas, mas acredita-se que um fator crucial seja a disseminação de um parasita aracnídeo voraz chamado ácaro Varroa. A última coisa de que as abelhas do país precisam é de outro inseto de muitas patas que venha dizimá-las.

De acordo com o Departamento de Agricultura do Estado de Washington, a destruição do ninho deve rolar no sábado (24). A descoberta do ninho parece ter sido feita a tempo, pois as vespas estavam se preparando para atingir sua “fase de abate” em breve — ou seja, o tempo de alimentação das abelhas.

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