O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) esclareceu a origem do clarão visto no céu do Vale do Paraíba, em São Paulo (SP), na madrugada desta quarta-feira (3). Trata-se de um meteoro que explodiu perto da Terra, disseram técnicos ao G1.
Moradores das cidades de Guaratinguetá, São José dos Campos e Bragança Paulista foram surpreendidos por um brilho repentino por volta das 5h. A velocidade e intensidade do corpo celeste repercutiram nas redes sociais.
Registrei aqui em São José dos Campos, SP um belo meteoro/bólido sobre o estado de SP @g1vanguarda @jaommota @p3dromelo @_thaisleite @bandvaletv pic.twitter.com/wxsWuUkGic
— Meteorofilia 💙 (@meteorofilia) August 3, 2022
O evento em SP, porém, não passou de um meteoro em combustão que passava perto da Terra. A diferença é que ele estava a uma distância menor que a comum do planeta, como explicou José Willians Vilas Boas, da divisão de astrofísica do Inpe.
Segundo ele, existem rochas em movimento no espaço entre os planetas. A maior parte delas restou do processo de formação do sistema solar ou vêm de astros vizinhos.
Há situações em que as rochas caem na Terra. Não foi esse o caso de SP: o meteoro só se aproximou um pouco mais do que o esperado do nosso planeta. “Eles caem na atmosfera e, quando chegam a 100 km de distância, entram em atrito por causa da atmosfera terrestre”, disse Vilas Boas ao G1.
Possibilidades
A causa da proximidade pode ter sido o tamanho da pedra que, por ser muito grande, levou mais tempo para se desfazer. “Quando ela se aproximou, o atrito aumentou e explodiu em chamas. Essa explosão é o clarão que vemos nas imagens”, completou Vilas Boas.
É comum que, depois da explosão, a rocha tenha se desfeito em poeira. Há casos em que podem continuar como pedras menores, também conhecidos como meteoritos. Esses são casos extremamente comuns, que acontecem quase diariamente – provavelmente há algum meteoro explodindo por aí agora mesmo.
Mas, felizmente, as chances de atingir alguém são pequenas. “Milhares de pequenas pedras caem todos os dias na Terra”, afirmou Vilas Boas. Um bom exemplo são as chamadas estrelas cadentes – que não passam da explosão de meteoros ou meteoritos.