Cleópatra: arqueólogos encontram túnel que pode levar ao túmulo da rainha

O túnel está a 15 metros de profundidade no templo de Taposiris Magna e se estende por mais de 1,3 km, podendo levar ao túmulo de Cleópatra e Marco Antônio
Cleópatra: arqueólogos encontram túnel que pode levar ao túmulo da rainha
Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação

A localização do túmulo de Cleópatra, que governou o Egito de 51 a.C. a 30 a.C, é considerada um dos principais mistérios da arqueologia. Agora, pesquisadores da Universidad Autónoma de Santo Domingo, na República Dominicana, podem estar mais próximos de descobrir o local do enterro. 

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Os arqueólogos encontraram na região do templo de Taposiris Magna, no Egito, um túnel escondido a 15 metros de profundidade. O espaço, que também funcionava como um aqueduto, possui mais de 1,3 km de comprimento e pode levar até o túmulo de Cleópatra e Marco Antônio. 

Marco Antônio foi cônsul-geral do governo da época, além de amante de Cleópatra por dez anos. Eles ficaram juntos após a morte do general Júlio César, com quem a rainha se relacionou por um curto período de tempo.

Segundo os pesquisadores, o túnel é uma “réplica exata” do Túnel de Eupalinos, na Grécia. Este, por sua vez, é 270 metros mais longo que o outro, considerado Patrimônio Cultural da Unesco. O caminho divulgado pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito se estende do Lago Mariout até o mar mediterrâneo.

O túnel grego é considerado um dos mais importantes projetos de engenharia realizados no mundo clássico. A passagem egípcia não fica para trás e já está sendo descrita por muitos como um “milagre da arquitetura” devido ao seu tamanho e profundidade.

Essa é a primeira vez que arqueólogos encontram túneis e passagens subterrâneas dentro do templo de Taposiris Magna. A equipe deve seguir analisando inscrições encontradas nas paredes e também duas cabeças de esfinges de alabastro e uma estátua do período ptolemaico reveladas no local. 

Uma parte do túnel foi descoberta submersa sob as águas do Mediterrâneo, o que reforça evidências arqueológicas de que parte das fundações do templo estão debaixo d’água até hoje. A costa egípcia foi atingida por pelo menos 23 terremotos entre 320 e 1303 d.C., o que explicaria o colapso de parte da construção.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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