Clima extremo: mapa da NASA mostra que junho foi o mais quente já registrado
Junho de 2023 foi o junho mais quente já registrado, de acordo com a NASA. A agência divulgou nesta quinta-feira (13) o mapa que você vê na foto acima. Ele mostra anomalias na temperatura do planeta, de -3°C (azul mais escuro, na escala) a +3°C (vermelho mais escuro).
As variações são uma comparação das temperaturas verificadas atualmente com as registradas entre o período de 1951 a 1980. Cientistas da NASA baseiam sua análise em dados coletados por estações meteorológicas e estações de pesquisa na Antártida, além de instrumentos montados em navios e boias oceânicas.
A NOAA (Agência Americana para a Atmosfera e os Oceanos) também verificou que junho de 2023 foi o mais quente já registrado. O mês foi 0,13ºC mais quente que a marca anterior (junho de 2020), e a temperatura da superfície global ficou 1,05°C acima da média do século 20.
Junho de 2023 foi o 47º junho consecutivo e o 532º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século 20. Mas ele também foi 0,29°C mais frio do que a anomalia de temperatura mensal mais alta já registrada, em março de 2016.
Junho e o clima extremo
A temperatura média global de 16,55 ºC marcou a primeira vez que uma temperatura média de junho ultrapassou em 1°C ou mais a média de longo prazo. Segundo Ahira Sanchez-Lugo, cientista da NOAA, este aumento é um “salto grande e considerável” de temperatura.
Lugo explicou em comunicado que o aumento de 1°C não é desprezível porque os registros mensais globais estão apoiados em métodos de coleta de dados bastante sensíveis – que permitem detectar variações de centésimos de grau.
Segundo o relatório Global Annual Temperature Outlook da NOAA, há 99% de chance que o ano de 2023 fique entre os 10 anos mais quentes dos 174 anos já registrados, e 97% de chance de ficar entre os 5 primeiros.