Ciência

Clima mais quente faz disparar buscas no Google sobre ansiedade climática

Em geral, os países nórdicos são os que mais impulsionaram as buscas sobre ansiedade climática. Entenda o que isso significa
Imagem: Arkan Perdana/ Unsplash/ Reprodução

O que é ansiedade ecológica? Como lidar com a ansiedade climática? Se você não sabe as respostas para essas questões, uma boa ideia é buscar no Google. É o que diversas pessoas estão fazendo, de forma que essas duas perguntas se tornaram as mais frequentemente pesquisadas na plataforma.

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De acordo com a gigante de tecnologia, as buscas relacionadas à ansiedade causada pela crise climática vêm crescendo nos últimos cinco anos. Mas em 2023, atingiu seu recorde. Segundo dados da empresa, os termos ligados à “eco-ansiedade” aumentaram em 4.590% nos últimos cinco anos.

O que é ansiedade climática

Incêndios florestais, ondas de calor, inundações, secas e derretimento de geleiras. Todos esses acontecimentos foram ainda mais frequentes em 2023 e, embora o mundo debata as consequências físicas à população, há outro efeito importante: no psicológico das pessoas.

Dessa forma, a ansiedade climática define o sentimento de angústia sobre o futuro frente os impactos das mudanças climáticas. Geralmente, o termo está associado à conscientização desses acontecimentos.

Já a expressão eco-ansiedade diz respeito a uma sensação relacionada às ameaças ao meio ambiente, incluindo poluição e perda de biodiversidade. De modo geral, esses sentimentos são mais comuns entre crianças e jovens, que temem pelo futuro.

Quem está mais preocupado

Em geral, os países nórdicos são os que mais impulsionaram as buscas sobre ansiedade climática. Segundo o Google, Finlândia, Suécia, Dinamarca e Noruega representaram mais de 40% das consultas nos últimos cinco anos.

Enquanto isso, países do Sul Global representaram parcelas menores de consultas de pesquisa. Mas os dados também apontam que as buscas em português aumentaram 73 vezes, um nível maior que as consultas em inglês, por exemplo.

Embora o Google não tenha divulgado dados sobre o gênero das pessoas que mais pesquisam sobre ansiedade climática, outros estudos já evidenciaram que as mulheres estão mais suscetíveis a este sentimento que os homens.

Entender e agir

Além das pesquisas relacionadas à ansiedade climática, o Google também notou um aumento nas buscas sobre maneiras de agir durante os últimos 12 meses. Por exemplo, ‘como resolver as mudanças climáticas’ foi uma das pesquisas em alta sobre o tema no mundo durante os últimos dois anos.

“Quando você olha para o tipo de consultas que as pessoas estão fazendo, fica evidente que elas estão buscando entendimento, mas também querendo agir”, disse um porta-voz do Google.

De acordo com os dados do Google Trends, pesquisas realizadas juntos com o termo mudanças climáticas que cresceram foram adaptação (aumento de 120%) e sustentabilidade (aumento de 40%).

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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