Cofundador da Microsoft, Paul Allen se sente traído por Bill Gates

Começar um negócio com um amigo? Nem sempre é uma boa ideia. Olha só o Paul Allen, por exemplo, que cofundou a Microsoft com o amigo de infância Bill Gates. Allen agora é um bilionário, dono de times esportivos e superiates, mas em seu novo livro ele critica Bill Gates, e faz parecer que Allen […]

Começar um negócio com um amigo? Nem sempre é uma boa ideia. Olha só o Paul Allen, por exemplo, que cofundou a Microsoft com o amigo de infância Bill Gates. Allen agora é um bilionário, dono de times esportivos e superiates, mas em seu novo livro ele critica Bill Gates, e faz parecer que Allen era mais importante para a Microsoft do que ele realmente foi.

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No livro Idea Man: A Memoir (O Homem das Ideias: Memórias, em tradução livre) do cofundador da Microsoft, a ser lançado nos EUA em 17 de abril, Allen diz ter participado de reuniões nas quais, segundo ex-funcionários da Microsoft, só Bill Gates estava presente. Além disso, Allen diz que ele próprio iniciou a realização de muitas ideias na Microsoft, reduzindo a importância do papel de Bill Gates. O Wall Street Journal diz que Allen soa como um homem amargo, infeliz de não receber o reconhecimento que merece pelo que fez na Microsoft. Bem, ele é o 57o homem mais rico do mundo!

O livro de Allen também descreve uma imagem bem ruim de Gates. Allen diz que quando estava lutando contra um linfoma de Hodgkin, Bill Gates e Steve Ballmer tentaram tirá-lo da Microsoft porque ele não estava trabalhando o bastante. Supostamente, eles queriam diluir as ações dele – como Mark Zuckerberg fez com Eduardo Saverin no Facebook!

“Eu havia ajudado a iniciar a empresa, e ainda era um membro ativo da administração, apesar de estar limitado pela minha doença, e agora meu parceiro e meu colega estavam tramando para me trapacear. Era oportunismo mercenário, sem tirar nem por.”

Quando Allen, já saudável e trabalhando mais depois de lidar com o câncer, quis um aumento no número de ações da Microsoft, Gates recusou a ideia com desprezo:

“Naquele momento, algo morreu pra mim. Eu achava que nossa parceria era baseada na justiça, mas então vi que o interesse pessoal do Bill suplantou todas as outras considerações. Meu parceiro queria pegar o máximo possível da torta, e não a largou, e isso era algo que eu não podia aceitar.”

Ele se consolou com a ideia de que um dia sairia de lá. E ele saiu mesmo! Agora com US$13 bilhões, era de se achar que ele tenha gostado de como as coisas acabaram. Mas acho que até mesmo bilionários têm problemas.

Leia mais sobre a amargura de Paul Allen em relação a Bill Gates aqui: [WSJ]

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