Coletivo de arte cria versão microscópica de bolsa da Louis Vuitton

Bolsa OnTheGo virou objeto de crítica do coletivo MSCHF; modelo é tão pequeno que pode passar pelo buraco de uma agulha de costura
Imagem: MSCHF/Reprodução

Uma versão microscópica da bolsa OnTheGo, da grife Louis Vuitton, será leiloada no próximo dia 19 de junho. A obra é iniciativa do MSCHF, coletivo de arte baseado em Nova York, nos Estados Unidos. O mais surpreendente é o tamanho do item: a bolsa não pode ser vista a olho nu, somente com um microscópio.

A Microscopic Handbag (ou “Bolsa de Mão Microscópica”, em tradução livre) é uma recriação da famosa tote bag da marca de luxo. O modelo é tão pequeno que pode passar pelo buraco de uma agulha de costura, segundo o jornal The New York Times.

A mini bolsa tem dimensões de 657 x 222 x 700 micrômetros. Ela será comercializada em um estojo de gel lacrado pré-montado sob um microscópio com visor digital, tendo em vista que é menor que um grão de sal marinho.

Embora não tenha ligação com a grife francesa, a obra será leiloada ainda este mês pelo Just Phriends, organizado pela casa de leilões de Pharrell Williams, novo diretor criativo da linha masculina da Louis Vuitton.

A MSCHF criou a bolsa com resina, por meio de um processo chamado polimerização de dois fótons, uma espécie de impressão 3D para objetos microscópicos.

O MSCHF ficou conhecido por criar as Big Red Boots, uma bota com textura emborrachada que fez sucesso na Semana de Moda de Nova York, em abril deste ano. Famosos como DJ Diplo, Ciara e Lil nas X, por exemplo, chegaram a usar o calçado.

Imagem: MSCHF/Reprodução

Crítica por trás da obra

Kevin Wiesner, diretor criativo do MSCHF, explicou que ele criou a peça com o intuito de criticar a indústria da moda. Segundo ele, as bolsas estão ficando cada vez menores e, consequentemente, menos funcionais.

“Acho que a ‘bolsa’ é um objeto engraçado porque ela é derivada de algo que é extremamente funcional, mas se tornou basicamente uma joia”, relatou Kevin ao jornal norte-americano. Para ele, a versão em miniatura serve para dar ainda mais ênfase à tendência e à importância da grife, de forma satírica, tirando por completo a utilidade da peça e deixando apenas o logo.

Além disso, Wiesner declarou que não pediu permissão da Louis Vuitton para replicar o design. Por outro lado, tal comportamento já gerou alguns processos judiciais contra o diretor.

Em 2021, o MSCHF finalizou um processo instaurado pela Nike. A marca denunciou o coletivo por vender o modelo Satan Shoes, inspirado no Air Max 97. O grupo ainda enfrenta uma ação movida pela grife Vans.

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