Colisão de sonda da NASA fez asteroide mudar de forma
A NASA anunciou que, em uma missão inédita, conseguiu alterar a forma de um asteroide. A missão DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo) foi lançada com o objetivo de desviar a rota de asteroides, servindo como um novo método de defesa planetária.
Em 2021, a espaçonave colidiu com Dimorphos, a “lua” do asteroide Didymos, e os resultados foram surpreendentes. A colisão não resultou na criação de uma grande cratera como o esperado, mas sim na mudança do formato do asteroide.
O estudo sobre o assunto foi publicado nesta semana na revista Planetary Science.
A sonda, com uma massa de 580 kg, atingiu Dimorphos, que tem aproximadamente 5 bilhões de kg, a uma velocidade de cerca de 6 quilômetros por segundo.
É como se uma formiga tivesse colidindo com dois ônibus. No entanto, o impacto foi suficiente para produzir um efeito significativo.
O que aconteceu após a colisão com o asteroide
Os dados coletados pela missão permitiram simulações que mostraram uma alteração na órbita de Dimorphos ao redor de Didymos, que agora é 33 minutos mais lenta.
A órbita passou de 11 horas e 55 minutos para 11 horas e 22 minutos. Além disso, a mudança de momento para o núcleo de Dimorphos foi maior do que o previsto pelo impacto direto.
Segundo o estudo, o impacto causou a expulsão de muito material de Dimorphos, que agora viaja na direção oposta ao impacto, desacelerando o asteroide.
Estima-se que cerca de 20 milhões de quilos foram perdidos do asteroide após o impacto, o que equivale a aproximadamente seis foguetes Saturno V da era Apollo totalmente carregados de combustível.
Segundo a NASA, essa missão histórica não apenas demonstra a capacidade da humanidade de interagir com corpos celestes de maneira significativa, mas também abre caminho para novas estratégias de defesa planetária.
“DART não está apenas nos mostrando o caminho para uma tecnologia de deflexão de asteroides; está revelando uma nova compreensão fundamental do que são os asteroides e como eles se comportam”, disse Tom Statler, da NASA, em comunicado.