Nesta semana, o Giz Brasil noticiou a futura passagem do cometa C/2022 E3 (ZTF) pela Terra. A última vez que o objeto chegou tão próximo do planeta foi há 50 mil anos, quando os neandertais ainda andavam por aqui.
O cometa fará sua maior aproximação do Sol nesta quinta-feira (12), sendo o final de janeiro a melhor época para observá-lo a olho nu. Alguns amantes da astronomia se anteciparam e já estão usando seus equipamentos refinados para fotografar o fenômeno.
O Virtual Telescope Project, por exemplo, usou a unidade robótica Elena (PlaneWave 17″+Paramount ME+SBIG STL-6303E) para capturar o cometa. Os cientistas realizaram cerca de 10 exposições de 90 segundos para chegar a imagem vista abaixo:
O clique foi feito no dia 11 de janeiro de 2023. Segundo a equipe, a Lua estava muito brilhante na data, o que interferiu na imagem. Mesmo assim, a cauda de íons do C/2022 E3 (ZTF) não deixou a desejar e ficou bastante evidente na fotografia.
A magnitude do brilho do cometa é próxima de 11. Em outras imagens divulgadas nas redes sociais é possível ver o halo de gás e poeira que o envolve em tons de verde. Confira:
Comet C/2022 E3 (ZTF)
Northeast of Calgary, 20221231, stack of 36 images ISO 2000, F4.5, 40 seconds per image taken with a 105mm telescope and a full frame camera, cropped 25% pic.twitter.com/rNHuGRYaub— Harlan Thomas (@theauroraguy) January 7, 2023
The comet C/2022 E3 (ZTF) is still increasing its luminosity. Here two images taken last January 4 2023 by Carles Labordena (left), member of @AstroSabadell and Michael Jäger (right) @Komet123Jager who is, may be, the best comet astrophotographer… pic.twitter.com/CnXlhzlNAw
— Xavi Bros (@Xavi_Bros) January 8, 2023
O cometa C/2022 E3 (ZTF) chegará pertinho de nós no dia 2 de fevereiro de 2023. Na data, ele atingirá seu ponto mais próximo da Terra, ficando a apenas 42,5 milhões de quilômetros de distância. Depois, deverá deixar novamente o sistema solar.
Para assistir ao espetáculo, procure por um local aberto e sem interferência luminosa. Não se esqueça de checar as condições climáticas, já que a quantidade de nuvens no céu pode colocar a observação em risco.