Cometa retorna à Terra após 50 mil anos e será visível a olho nu
Um cometa raro, vindo dos confins do sistema solar, será visível da Terra novamente. O objeto em questão é conhecido como C/2022 E3 (ZTF) e passou pela última vez próximo ao nosso planeta há 50 mil anos.
O tal cometa tem apenas 1 km de diâmetro. Mesmo assim, ele poderá ser visto a olho nu no final de janeiro. Na próxima quinta-feira (12), o objeto atingirá seu periélio – o ponto mais próximo do Sol. Então, o gelo em seu núcleo passará para o estado gasoso, liberando uma cauda que reflete a luz do estrelão.
É este o brilho que veremos da Terra. O melhor momento para observar sua passagem pelo hemisfério norte será no fim de semana dos dias 21 e 22 de janeiro. Neste período, ele estará atravessando as constelações da Ursa Menor e da Ursa Maior.
Após mais de uma semana, lá para o final do mês, o C/2022 E3 (ZTF) ficará visível no hemisfério sul, podendo ser avistado do Brasil sem auxílio de equipamentos. Vale procurar por um local aberto e sem interferência luminosa para assistir ao show. Cheque também as condições climáticas, já que a quantidade de nuvens no céu pode colocar a observação em risco.
O cometa C/2022 E3 (ZTF) foi identificado em março de 2022 pelo programa Zwicky Transient Facility (ZTF), que opera o telescópio Samuel-Oschin no Observatório Palomar, na Califórnia. Segundo os cientistas, ele passou próximo ao planeta Terra há 50 mil anos, mas agora deve deixar de vez o sistema solar.
Os astrônomos acreditam que o corpo rochoso venha da nuvem de Oort, localizada a quase um ano-luz do Sol. Nesta passagem, os pesquisadores pretendem estudar a composição do cometa com auxílio do Telescópio Espacial James Webb (JWST).