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Comissão Europeia entra com novo recurso para cobrar US$ 14 bilhões em impostos da Apple

O Poder Executivo da União Europeia ainda quer explicações sobre bilhões de euros que não teriam sido pagos pela Apple ao governo irlandês.

Apple voltará ao tribunais para caso de sonegação de impostos na Irlanda. Crédito: Medhat Dawoud/Unslpash

Crédito: Medhat Dawoud/Unsplash

A Comissão Europeia, que corresponde ao Poder Executivo da União Europeia (UE), afirmou nesta sexta-feira (25) que está apelando de uma decisão judicial que anulou uma exigência para que a Apple pagasse 13 bilhões de euros (aproximadamente R$ 84 milhões). O valor, que corresponde a impostos que não foram quitados junto ao governo da Irlanda, hoje está em mais de 14 bilhões de euros (R$ 90 milhões) por conta dos juros somados.

De acordo com Margrethe Vestager, chefe de política de concorrência da UE, “a União Europeia decidiu recorrer ao Tribunal de Justiça Europeu sobre o acordo do Tribunal Geral de julho de 2020 sobre o caso de auxílio estatal da Apple na Irlanda”. Vestager afirma que o tribunal “cometeu uma série de erros”, destacando que os acordos fiscais da Irlanda com a Apple eram ilegais. Por isso, a líder entrou com um recurso para que a UE reavalie o caso.

Em julho, a Apple venceu uma batalha judicial contra a Comissão Europeia, que por sua vez acusava a gigante de tecnologia de sonegar impostos entre os anos de 1991 e 2015. Desde 2016, a CE vem acusando a empresa de se beneficiar de auxílios estatais ilegais da Irlanda, por conta dos baixos impostos cobrados no País. É justamente na Irlanda, cujo governo teria concedido esses benefícios fiscais, que fica a sede da Apple no continente europeu.

Também em 2016, o CEO da Apple, Tim Cook, chamou a decisão original da CE de “uma total patifaria política”, e que a decisão seria revertida. “Nós nunca pedimos, nem recebemos, quaisquer acordos especiais. Nos encontramos na posição incomum de sermos condenados a pagar impostos adicionais retroativamente a um governo que diz que não devemos a eles mais do que já pagamos”, declarou o executivo, em carta aberta aos clientes, na época.

Um porta-voz da Apple disse ao TechCrunch que a companhia vai analisar o recurso, mas que considera a decisão de julho de 2020 como a palavra final. “O Tribunal Geral anulou categoricamente o caso da Comissão em julho e os fatos não mudaram desde então. Este caso nunca foi sobre quanto de imposto pagamos, mas sim sobre onde devemos pagá-lo”, declarou. O porta-voz ainda disse que a Apple sempre cumpriu as leis do governo irlandês.

A decisão final agora vai para o Tribunal de Justiça da União Europeia, que é o tribunal de mais alta instância da Europa.

[TechCrunch, MacRumors, Apple Insider]

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