Quando se pensa em jogos para computador, os Macs da Apple são completamente esquecidos. É a Microsoft que lidera este mercado com certa folga e, mesmo com essa margem, segue investindo e aprimorando produtos e serviços para manter seu público gamer.
Muitos clientes que buscam um dispositivo para jogos são até desaconselhados a adquirirem um computador da Apple.
Isso não significa que os computadores da marca sejam ruins, pelo contrário, eles são máquinas excelentes e agradam, principalmente, quem precisa de um dispositivo para tarefas complexas e que demandam muito poder de processamento. Os jogos são uma dessas tarefas super exigentes.
Então por que os Macs não fazem sucesso com o público gamer?
A falta de popularidade do sistema da Apple se deve aos poucos títulos disponíveis para a plataforma, este fator é determinante e acaba afastando os clientes, mas a empresa tem acompanhado essa situação de perto e neste ano externou a intenção de aprimorar sua plataforma para atrair os jogadores.
Durante a WWDC 2022 deste ano, a Apple anunciou que “No Man’s Sky” e o mais recente jogo da franquia de terror da Capcom, “Resident Evil Village”, chegariam aos computadores da empresa.
Após a apresentação, Jeremy Sandmel, diretor sênior da Apple, declarou ao TechRadar que “todos os MacBooks são MacBooks para jogos”.
Quando a empresa utilizava componentes Intel dificilmente rivalizava com os dispositivos gamers de outras empresas, mas com os Chips M1 e o mais recente, M2, o jogo parece ter virado, já que a empresa possui uma plataforma própria capaz de entregar alto desempenho em seus macs.
Por um longo período de tempo, os principais desenvolvedores de jogos do mercado focaram nos PCs para mostrar o real potencial gráfico de suas obras, já que os consoles não tinham poder de processamento suficiente para executar games em seu máximo.
No entanto, conforme as novas gerações foram surgindo essa batalha foi ficando mais parelha com a evolução do hardware desses produtos até que os consoles se tornaram um melhor custo x benefício.
PCs gamers se tornaram cada vez mais caros e seus componentes de última geração são praticamente inacessíveis para boa parte dos jogadores.
A cada novo título lançado, componentes mais avançados são exigidos e, além do alto investimento já realizado na máquina, os usuários são obrigados a realizar mais upgrades para poderem aproveitar games no máximo potencial gráfico.
A indústria dos games parou de focar no lançamento dos jogos de última geração para PCs e se volta mais para os consoles de última geração.
A Electronic Arts, por exemplo, lançava uma versão para a geração anterior (PS4 e Xbox One) dos jogos da franquia FIFA para PC, mas segundo rumores irá retornar com jogos da geração mais atual de consoles para o FIFA 23, que será lançado neste ano.
Quanto maior o poder de processamento, mais alto é o preço do produto, ainda mais se ele for para jogos, com um design pensado para atingir este público e recursos para otimizar gameplays. Os Macs da Apple não vão ficar mais baratos, mas a aposta para competir com PCs, e até mesmo consoles, é a API Metal 3, anunciada no WWDC deste ano.
A ideia é oferecer um espaço unificado que instigue os desenvolvedores a trabalharem na plataforma da Apple e, dessa forma, aumentar a oferta de títulos disponíveis com o tempo. Os já citados No Man’s Sky e Resident Evil Village são os primeiros games anunciados que vão ganhar versões para Mac nesta “nova fase” da gigante da tecnologia.
A empresa sabe o quanto será difícil conquistar espaço entre essas plataformas já bem estabelecidas do mercado dos games, mas já é um ótimo sinal saber que uma das empresas líderes do mercado de tecnologia está buscando competir com mais afinco no segmento dos jogos.