Fãs de Pokémon e games no estilo MOBA (como Dota e League of Legends) ganharam um novo vício desde o último mês de julho. Pokémon Unite, que estreou primeiro para Nintendo Switch, repete a fórmula “batalha multiplayer 5 contra 5 em um mapa segmentado por rotas” — mas, agora, com personagens muito mais carismáticos. A arena e o objetivo final (no caso de Pokémon Unite, marcar mais gols que o oponente antes do tempo acabar) são sempre os mesmos. Mas a experiência de jogo pode mudar bastante de acordo com os personagens, golpes, itens e estratégias escolhidos pela equipe.
Nesta quarta-feira (22), Pokémon Unite estreou sua versão mobile, para iOS e Android. É possível disputar contra adversários que jogam tanto pelo Switch quanto pelo celular (o chamado cross-play). Mas existem certas configurações de jogo que podem melhorar bastante a experiência de quem prefere a versão mobile — e pokémon ideais para cada estilo de gameplay. Vamos a eles.
Configurações de sistema
Para acessar a aba de Configurações (Settings, no inglês), basta clicar no botão do canto superior esquerdo onde está o rosto de seu personagem e rolar até o final da página.
Em termos de desempenho, a dica é deixar os aspectos “qualidade gráfica” e “taxa de frames” no nível pré-recomendado — algo que vale especialmente para telefones mais antigos. É a melhor maneira de garantir que a jogatina flua sem lags ou perdas de movimentação que atrapalhem suas decisões.
A diferença entre “low” e “high quality”, aliás, nem é tão grande assim. Ainda que tudo esteja no mínimo, o nível de detalhamento (e, por tabela, a experiência de quem joga) ainda é bastante satisfatório. Palavra de quem testou o jogo em um Redmi 7A (modelo de entrada da Xiaomi) comprado em 2018.
Controles
É aqui que começam os primeiros ajustes interessantes. A primeira dica é alterar os “Controles de Ataque” para o modo “Avançado”. Como você pode ver na captura de tela abaixo, a diferença é que, com a mudança, aparece um novo botão ao lado dos botões de ataque.
Apertando o botão circulado abaixo em amarelo, você escolhe focar seus golpes nos pokémon selvagens que estão nas redondezas. Ou seja: você indica para o seu personagem que ele deve focar em “farmar” — gíria para o ato de eliminar inimigos mais fracos do ambiente antes de partir para a briga com os personagens controlados por jogadores humanos.
Ter um botão exclusivo para o combate com pokémon selvagens é útil por uma série de motivos. Primeiro é que você garante que não vai iniciar uma briga com um NPC desnecessariamente enquanto duela contra um outro jogador. Caso você esteja em uma luta onde o foco é um pokémon estático (como Rotom ou Zapdos, por exemplo), seu personagem saberá que o alvo deve ser aquele — não o inimigo que está ao lado.
Ícone lock-on
Outra função útil é ativar o modo “Lock on”. Os ganhos ficam claros em uma situação em que existem vários inimigos na tela, um com pouca vida e outro com a barra de HP cheia. Como é mais útil para o time se livrar do adversário quase sem vida, é possível clicar em um botão e escolhê-lo como alvo. Assim, você garante que seus ataques não estão sendo desperdiçados com outros inimigos que estão na tela — algo interessante para uma partida mobile, em que a precisão dos comandos tem que ser maior.
Scoring controls
Na hora de marcar um “gol”, anotando pontos na meta adversária, seu personagem precisa segurar um botão por alguns segundos. Mas há uma configuração que altera essa mecânica. Em vez de deixar a opção de fábrica (hold), coloque em “press”. Assim, você não precisa perder tempo segurando em um mesmo local da tela. Ter um dedo livre, ainda que por alguns segundos, pode melhorar sua tomada de decisão e melhorar sua visão do mapa, por exemplo.
Câmera que segue o movimento
Golpes como Solarbeam (usado pelo Venossauro), por exemplo, são como feixes que se movem em direção ao adversário. É interessante que a câmera acompanhe a trajetória do golpe — uma forma de garantir se ele foi bem sucedido ou não. Para isso, basta deixar esta opção ativada.
Que personagens escolher?
Está aí uma pergunta difícil de responder. Tudo porque a escolha depende do estilo de jogo que você prefere fazer. Se você já está familiarizado com a mecânica de um MOBA, sua vida será mais fácil. Mas, para quem está tendo contato com essa proposta pela primeira vez, vale perder um tempo tentando entender seu plano ideal de jogo.
Se você é daqueles que preferem partir para cima, pokémon como Greninja e Lucario podem ser boas pedidas. Além de possuírem um bom ataque, são ágeis e podem ajudá-lo a desviar dos golpes inimigos com mais facilidade. Quem prefere os personagens “tanque” tem no carismático Snorlax ou na Blissey (evolução da Chansey) a opção ideal. Grandalhões como eles conseguem aguentar bastante dano, e devolver na mesma medida — ou quase isso. Entre os personagens “suporte”, que são bons em auxiliar o time sem se envolver tão diretamente no combate corpo a corpo, destacam-se Eldegoss, Wigglytuff e Ninetales de Alola.
E para os novatos?
Bom, aqui a indicação mais comum costuma ser, de novo, o Snorlax — ou outro pokémon que ataque corpo a corpo, como o Machamp. Mas vai aqui uma dica do autor: Crustle. Apesar de não ter tanto apreço dos fãs como Charizard, Gengar ou Pikachu, o tipo inseto-pedra pode ser uma boa opção para quem está se familiarizando com o jogo. Além de ter um ataque razoável, ele consegue aguentar bastante porrada — ideal para caso você esteja aprendendo marra. Existe, ainda, um outro ponto positivo: a habilidade “Shell Smash”, que dá ao Crustle um boost de velocidade que o permite sair de situações delicadas com mais facilidade.
Ainda é um pouco cedo para cravar se algum personagem se destaca muito mais na versão mobile do que na do Switch — afinal, o jogo só existe para celular há algumas horas. É possível que, com novas estratégias próprias para o mobile nascendo, essa diferenciação fique mais clara no futuro. Mas, no fim das contas, a dica é uma só: escolha o pokémon que você mais gosta e tente encontrar uma forma de vencer com ele. Boa jogatina.