A Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou nesta terça-feira (9) a morte de primatas no Brasil motivada pela varíola dos macacos. Como explicou Margareth Harris, porta-voz da OMS, a doença recebe este nome porque o primeiro caso de infecção foi identificado na década de 1950 em macacos na Dinamarca.
Os animais, no entanto, não apresentam riscos no surto atual. Na verdade, a disseminação que preocupa cientistas mundo afora está ocorrendo entre humanos. No Brasil, foram confirmados mais de 2.290 casos da doença, com pelo menos 70% deles ocorrendo no estado de São Paulo.
A maior parte dos pacientes se identifica como homem gay, bissexual ou que faz sexo com outros homens. Tal fato levou a OMS a classificar a comunidade como grupo de risco, embora a infecção possa surgir em qualquer pessoa.
Apesar de grande parcela dos casos estar associada a encontros sexuais, a varíola dos macacos não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (ISTs). O vírus causador da doença se espalha através do contato com lesões na pele ou gotículas expelidas por pessoas infectadas.
Qualquer contato prolongado com pacientes infectados pode levar a transmissão do patógeno, não importando gênero, cor, nível socioeconômico ou orientação sexual.
Algumas pessoas com a doença não estão apresentando o sintoma mais associado a varíola dos macacos, que são as lesões pelo corpo. A ausência de marcas preocupa cientistas, já que dificulta o diagnóstico precoce e colabora para a transmissão. Confira outros sintomas neste texto do Gizmodo Brasil.
Por enquanto, vale apostar no uso de máscaras e também na boa higienização das mãos. Matar macacos, por sua vez, está longe de ser uma medida recomendada.