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Como o telescópio James Webb se diferencia do Hubble? Compare as fotos

O telescópio James Webb enxerga no espectro infravermelho, enquanto o Hubble capta luz visível e ultravioleta. Veja o que isso muda na prática

Comparação James Webb Hubble

Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team/Reprodução

Nesta semana, foram divulgadas as primeiras fotos referentes a missão científica do Telescópio Espacial James Webb (JWST). As imagens por si só já são de tirar o fôlego, mas se tornam ainda mais impressionantes quando comparadas aos cliques feitos das mesmas regiões pelo Telescópio Espacial Hubble.

Longe de cuspir no prato que comemos. O Hubble foi fundamental na exploração espacial e deve continuar sendo usado por pesquisadores para obter imagens na luz visível e ultravioleta. Por outro lado, o James Webb enxerga no espectro infravermelho, captando galáxias e estrelas que estão a até 13,5 bilhões de anos-luz de distância. 

Veja a comparação entre as imagens nos GIFs abaixo:

Campo profundo

Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team/Reprodução

A imagem mostra o SMACS 0723, um campo repleto de aglomerados de galáxias massivas. Essas galáxias distorcem a luz dos objetos atrás delas, ampliando-os como uma lupa e permitindo uma melhor observação de sistemas distantes e fracos.

A imagem do James Webb ganha em profundidade e nitidez. Ela é, na verdade, a melhor foto já feita do Universo até hoje. Se você prestar bastante atenção, verá pontinhos vermelhos que não haviam sido revelados antes: são essas as galáxias que interessam agora para os cientistas.

Nebulosa do Anel do Sul

Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team/Reprodução

A Nebulosa do Anel do Sul nada mais é do que um aglomerado de gás em constante processo de expansão. Ela envolve uma estrela binária nos estágios finais de sua vida e está localizada a 2 mil anos-luz da Terra. A foto do James Webb é infinitamente mais nítida, mostrando até mesmo outras galáxias e estrelas que cercam o sistema. 

Quinteto de Stephan

Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team/Reprodução

O Quinteto de Stephan é formado por um conjunto de cinco galáxias. Ele está a cerca de 290 milhões de anos-luz da Terra e foi o primeiro grupo de galáxias descoberto na história, no ano de 1877. 

O destaque, mais uma vez, vai para o maior número de galáxias capturadas ao fundo da imagem pelo James Webb. Além disso, a foto do novo telescópio destaca as emissões de gás (em laranja) ocasionadas pelo processo de fusão dos sistemas.

Nebulosa Carina

Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team/Reprodução

A Nebulosa Carina é lar de muitas estrelas massivas, algumas maiores que o Sol, e está localizada a 7,6 mil anos-luz de distância da Terra. Ela é considerada uma das maiores e mais brilhantes nuvens interestelares do espaço. 

De longe, é a imagem mais impressionante obtida pelo James Webb no quesito beleza. Esse é um exemplo simples da diferença entre o Hubble e o Webb: enquanto o primeiro para nas nuvens de gás, o segundo vai além e mostra as estrelas que estão nascendo no meio daquele espaço.

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