Como os efeitos climáticos transformaram a água da chuva
A água encontrada no estado líquido nos rios, lagos e oceanos evapora e se acumula, condensando-se em nuvens. Após essa fase, a água retorna à Terra em forma de chuva. É aquilo que a ciência conhece como ciclo da água.
Agora, considere o efeito estufa. Gases como o dióxido de carbono e o metano retêm calor na atmosfera, fazendo com que o planeta aqueça. Isso acelera a evaporação, puxando mais umidade para o ar e aumentando os níveis de precipitação.
Esse não é o único fator da chuva alterado devido as mudanças climáticas. Cientistas acreditam que o aumento das temperaturas também é capaz de alterar as corrente de ar que transportam a umidade pelo globo. Por tabela, as nuvens ficam retidas em um só lugar, gerando níveis absurdos de chuva em locais isolados.
Os fatores combinados levam a tempestades e inundações. Como consequência, ocorre outro problema: o escoamento de fertilizantes para o mar. Há mais água caindo do que o solo é capaz de absorver, o que gera as cheias. O excesso de líquido acaba drenando para outros cursos d’água, mas antes é contaminado por fertilizantes usados em plantações.
A chegada dos fertilizantes nos lagos e oceanos leva ao rápido crescimento de algas, que bloqueiam a luz solar e diminuem os níveis de oxigênio da água. Isso não apenas aniquila a vida marinha, como também apresenta riscos a saúde humana, já que as toxinas podem sobreviver aos processos de purificação, tornando a água da torneira imprópria para o consumo.
Vale citar outro problema ambiental: a chuva ácida. Compostos como o dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio são lançados na atmosfera por processos variados, como a queima de combustíveis fósseis. A água, ao evaporar, acaba reagindo com a dupla, formando ácido sulfúrico e nítrico, respectivamente.
Fenômenos naturais, como a erupção de vulcões, também podem levar a formação de chuva ácida, porém, quando maior a atividade humana, maior o risco. Para se ter uma ideia, dois terços do dióxido de enxofre e um quarto do óxido de nitrogênio encontrados na atmosfera vêm de geradores de energia elétrica.
O contato com a chuva ácida não representa riscos para os seres humanos, mas afeta diretamente o ecossistema. O fenômeno é capaz de alterar a composição do solo e dos corpos d’água, tornando-os inabitáveis para animais e plantas locais. Além disso, a chuva pode deteriorar edifícios e monumentos feitos de calcário e mármore.
A população do Hemisfério Norte também tem enfrentado a diminuição da queda de neve, o que leva a uma baixa nos reservatórios de água doce após o inverno. Os agricultores, por exemplo, ficam sem água suficiente para irrigar suas colheitas. Fatores que, apesar de parecerem isolados, podem refletir no mundo inteiro.