Como uma bibliotecária descobriu o que estava escrito em um livro microscópico
A biblioteca da Universidade de Iowa tem mais de 4.000 livros em miniatura em sua coleção. O menor de todos se destaca em relação aos outros por ter 2cm² e 1mm de espessura. E, como explicou o The Atlantic, pesquisadores acabaram de descobrir qual é o texto presente neste pequeno livro, com a ajuda de um novo microscópio.
Até agora, praticamente tudo sobre a origem do pequeno livro era desconhecida para o pessoal da biblioteca. A cruz dourada pintada na capa indicava que poderia ser uma bíblia, mas, além disso, eles não tinham nem ideia do conteúdo dentro do livro. De acordo com a bibliotecária Colleen Theisen, que encontrou o livro em uma caixa com nome “microminiaturas”, era o item “mais perplexo” da coleção – nada do texto poderia ser lido com olhos humanos.
Quando Theisen postou sobre o livro no Tumblr e Facebook da biblioteca, a curadora da biblioteca, Giselle Simón, ficou sabendo do mistério e pediu que Theisen colocasse o livro no novo microscópio da biblioteca. Assim que ela cuidadosamente virou as minúsculas páginas, ela encontrou o que estava procurando – a editora do livro, Toppan Printing Co. LTD. E ela foi capaz de conseguir essa informação mesmo com o fato da página ter sido danificada em tentativas anteriores de ler o conteúdo.
Com o nome da editora em mãos, Theisen conseguiu rastrear as origens do livro e chegou a uma data: a Feira Mundial de Nova York de 1965. O livro foi vendido como o menor livro do mundo na época (e é bem possível que realmente fosse). Um outro livro, bem maior, também fazia parte da coleção, mas de alguma forma foi separado – agora os dois volumes foram reunidos. E o que está escrito nas pequenas páginas? Ambos os livros têm a versão do rei James para o primeiro capítulo do Gênesis, embora o maior use uma fonte 10 vezes maior do que o outro.
É claro, um livro deste tamanho não tem uso prático. No entanto, é um exemplar incrível das habilidades artísticas humanas. E, mais importante de tudo, ele é adorável. [The Atlantic]
Imagens: Colleen Theisen, Anne C. Bromer