Como uma inteligência artificial quer se tornar presidente da Fifa
Uma candidata à presidência da Fifa quer desbancar o mandato do atual líder da instituição que comanda o futebol no mundo. Mas um detalhe chama atenção: a aspirante é gerada pela Inteligência Artificial, numa tentativa de mostrar que o futebol poderia ser administrado de forma diferente.
A IA “Hope Sogni” foi criado pela agência esportiva Dark Horses com Twise.ai e Maggie Murphy, executiva-chefe do clube Lewes. A tecnologia foi projetada para desafiar Gianni Infantino, que foi reeleito à presidência da Fifa sem oposição em março para mais um mandato de quatro anos.
A gestão de Infantino é envolvida em um mar de polêmicas. Ele já foi criticado por uma série de comentários considerados preconceituosos feitos desde que assumiu o cargo pela primeira vez em 2016.
Mais recentemente, um discurso na Copa do Mundo no Qatar causou indignação por parte de usuários das redes sociais além de alguns jornalistas nacionais e internacionais. O mandatário foi criticado após afirmar que sabe “como é ser discriminado, porque tinha cabelo ruivo e sardas”.
Reeleito duas vezes, o dirigente tem mandato até 2027 e pode ainda concorrer a um último pleito para mais quatro anos na presidência, ficando no cargo até 2031.
O que a IA que questiona a Fifa pode fazer
A IA da Twise.ai foi construída para entender o jogo, sua política e os principais problemas que o mercado enfrenta. Além disso, pode ser responder a conversas em tempo real.
As empresas criadoras da IA até divulgaram um vídeo de campanha da Hope Sogni. Confira:
“Hope Sogni foi criada para iniciar conversas sobre a falta de mulheres em cargos importantes de tomada de decisão no mundo do futebol e, especificamente, na Fifa”, disse um manifesto da “campanha”. No site é possível inclusive conversar com a Hope. Por enquanto, ela responde apenas comandos em inglês.
Assim, quando perguntada se ela é uma mulher simbólica, a IA respondeu: “Não, não sou uma mulher simbólica. Sou um candidato qualificado e experiente que concorre à presidência da Fifa com base nos meus méritos e no meu compromisso em promover a igualdade de género e a transparência no desporto”, disse.