Confira a evolução dos incêndios na Amazônia; julho teve novo aumento
Os incêndios na Amazônia sofreram um aumento de 8% em julho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram 5.373 focos de queima, contra 4.977 vistos em 2021.
Os meses de maio e junho marcam o início da estação seca na Amazônia e, consequentemente, o começo da temporada de desmatamento e incêndios na região. O problema se mantém em alta até o mês de outubro.
Mas as queimadas não se limitam a esta época. Foram detectados 12.906 focos de incêndio nos primeiros sete meses de 2022. O número é 13% maior do que o registrado para o mesmo período no ano passado.
“Além de dizimar a floresta e sua biodiversidade, esses incêndios e destruição também afetam a saúde da população local devido à inalação de fumaça”, disse Romulo Batista, do Greenpeace Brasil, em comunicado.
O desmatamento também preocupa ativistas ambientais. Quase 4 mil km² de floresta foram abaixo no primeiro semestre desse ano –o maior registro desde que o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) começou a contabilizar os danos, em 2016.
O satélite contabiliza não apenas áreas completamente desmatadas, mas também aquelas em processo de degradação florestal, o que inclui a exploração de madeira, mineração, queimadas etc. Desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019, o desmatamento anual médio na Amazônia brasileira aumentou 75% em comparação com a década anterior.