Em um mergulho recente, a bióloga marinha Jacinta Shackelton teve um encontro para lá de inesperado. Ela estava nadando na Grande Barreira de Corais, na Austrália, quando um raro polvo-véu deu as caras. A pesquisadora, claro, tratou de registrar a cena em suas redes sociais.
Essa é apenas a quarta vez em que um membro da espécie é avistado, desde 2002, ano da primeira aparição. O polvo-véu vive em alto mar, e por isso é tão difícil encontrá-lo por aí. Este, por sua vez, estava passeando pela costa da Ilha Lady Elliot, na Austrália.
Ao olhar para o cefalópode, Shackelton já sabia que se tratava de uma fêmea. Isso porque estes polvos são um grande exemplo de dimorfismo de tamanho sexual em animais não microscópicos.
Vamos traduzir: basicamente, estes cefalópodes possuem aparências muito diferentes dependendo de seu sexo. Enquanto a fêmea pode chegar aos dois metros de comprimento, o macho é minúsculo, com apenas 2,4 centímetros. Além disso, ele não possui a cauda característica semelhante ao véu.
E já que falamos sobre a cauda, também vale uma explicação. Ela não serve apenas para encantar mergulhadores. Diante de ameaças, o animal pode soltá-la para enganar predadores.
A bióloga marinha já havia avistado outras espécies marinhas raras, como a raia águia ornamentada, em 2020. Mesmo assim, descreveu ao The Guardian o encontro com o polvo-véu como uma de suas “experiências favoritas em recifes de todos os tempos”.