Depois de muita espera, já está entre nós a minissérie “Dahmer: Um Canibal Americano”. A produção chegou nesta quarta-feira (21) na Netflix, e é inspirada nos crimes de Jeffrey Dahmer, responsável por 17 assassinatos entre 1978 e 1991. Dividida em dez episódios, a produção explora a maneira como o personagem conseguiu escapar das sentenças de prisão da época, as mortes que ele cometia e a atuação falha da polícia de Wisconsin, nos Estados Unidos.
Segundo a sinopse oficial, “entre 1978 e 1991, Jeffrey Dahmer tirou a vida de dezessete vítimas inocentes de forma brutal. “Dahmer: Um Canibal Americano” é uma série que expõe esses crimes inescrupulosos e como o desprezo por grupos minoritários, o racismo estrutural e as falhas institucionais permitiram que um dos mais infames assassinos em série da história dos Estados Unidos continuasse agindo às claras por mais de uma década”.
Criada pelo premiado Ryan Murphy, conhecido por produções como “Glee” (2009) e “American Horror Story” (2011), a série produzida pela Netflix é protagonizada pelo ator Evan Peters. A minissérie se propõe a contar os crimes de Dahmer através da perspectiva das vítimas do assassino. Para isso, conta com Niecy Nash, Penelope Ann Miller, Shaun J. Brown, Colin Ford e Richard Jenkins em seu elenco.
A produção possui classificação indicativa para maiores de 18 anos. Veja o trailer de “Dahmer: Um Canibal Americano”:
https://www.youtube.com/watch?v=getE-JuEOUE&t=85s
História e primeira vítima
E para quem tá moscando, sem entender nada sobre quem é esse seria killer e os crimes que cometeu, o Giz explica! Jeffrey Dahmer nasceu em Milwaukee, Wisconsin, no dia 21 de maio de 1960, filho de Lionel e Joyce Dahmer. O jovem tinha um pai ausente dedicado à carreira acadêmica e uma mãe que lidava com dependência química de remédios. Os colegas de escola perceberam que ele era alcoólatra aos 15 anos, e posteriormente Dahmer afirmou que bebia para lidar com os próprios pensamentos perturbadores.
Quando chegou a puberdade, Dahmer se descobriu como homossexual, algo que não contou aos pais. No começo de sua adolescência, ele teve um breve relacionamento com um garoto de idade próxima a dele, embora não tenham feito sexo. Mais tarde, Dahmer confessou que começou a fantasiar sobre dominação e de exercer completo controle sobre um parceiro submisso. Essas fantasias gradualmente se entrelaçaram com seus hábitos de dissecação.
Dahmer cometeu seu primeiro assassinato em 1978, três semanas após sua formatura do colegial. Naquele momento ele já estava morando sozinho. No dia 18 de junho, enquanto dirigia seu carro, ele viu, no canto da estrada, o jovem Steven Hicks (de quase 19 anos), pedindo carona. Dahmer convidou o garoto até sua casa para beber e se distrair um pouco. Hicks, que estava a caminho de um show de música em Lockwood Corners, concordou e os dois ficaram bebendo e ouvindo música por algumas horas. Então Steven Hicks se levantou e disse que estava indo embora, mas Dahmer não queria que ele partisse.
Outros Crimes
Dahmer chegou a se matricular na faculdade, mas largou o curso após três meses devido aos seus problemas com o alcoolismo. Seu pai o obrigou a se alistar no exército, mas o álcool também atrapalhou seu desempenho e recebeu uma dispensa honrosa em 1981, quando estava na Alemanha. Mais tarde, dois militares afirmaram terem sido estuprados por ele. Dahmer cometeu diversos crimes na sequência.
Prisão e morte
Jeffrey Dahmer foi preso quando uma de suas vítimas conseguiu escapar e chamar a polícia. Foram encontradas fotos polaroids de membros das vítimas, quatro cabeças decepadas na cozinha e sete crânios, alguns pintados e outros branqueados. Além disso, os investigadores descobriram pingos de sangue gotejando em cima de um tabuleiro na parte inferior do refrigerador de Dahmer, além de dois corações humanos e uma porção de um músculo de braço, tudo dentro de sacos plásticos em cima de gaveta de seu armário.
O julgamento de Dahmer durou duas semanas e embora tenha sido diagnosticado com portador de transtorno de personalidade borderline e transtorno de personalidade esquizotípica e psicótico, Dahmer foi considerado legalmente são em seu julgamento e confessou os crimes.
Em 28 de novembro de 1994, Dahmer foi espancado até a morte por Christopher Scarver, outro detento, com quem cumpria pena na Columbia Correctional Institution, uma prisão de segurança máxima no estado de Wisconsin.