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Conheça a “inflação do calor” que tem gerado alta nos preços dos alimentos

Atualmente o preço dos alimentos está 10% acima da média móvel dos últimos cinco anos, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

Imagem: Freepik/Reprodução

Eventos climáticos extremos estão se tornando cada vez mais recorrentes e, como consequência, podem desencadear picos nos preços dos alimentos. Estudos mostram que as ondas de calor estão pressionando a oferta de comida e dificultando a vida da população no mundo.

Isso acontece pois as mudanças climáticas têm o potencial de afetar a produção e os preços dos alimentos ao longo do tempo. A chamada “inflação do calor” já é sentida em todo o mundo.

Atualmente o preço está 10% acima da média móvel dos últimos cinco anos, afirma a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

Segundo uma previsão da Organização Meteorológica Mundial, vai acontecer um aumento de 1,1-1,8 graus Cº na temperatura média anual global para 2023-2027 em relação à média de 1850-1900.

Com a probabilidade de exceder 1,5 C acima dos níveis pré-industriais, eventos climáticos extremos tendem a se tornar mais dramáticos e frequentes.

De acordo com relatório do Hyundai Research Institute, no segundo semestre de anos que vivenciam ondas de calor intensas, observa-se um aumento de aproximadamente 0,2 pontos percentuais da inflação em relação ao primeiro semestre.

Além disso, a geografia da produção de alimentos está mudando à medida que o mundo aquece. Regiões antes inóspitas estão se tornando aptas para cultivo, como a Sibéria e partes da Europa.

Em março, o Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), que avalia a variação mensal dos preços internacionais de produtos alimentícios, atingiu um recorde de 159,7 pontos.

Como as ondas de calor se formam?

O calor tem se tornado um problema global. Imagem: Unsplash/Reprodução

Uma onda de calor ocorre quando temperaturas máximas acima da média sazonal persistem por alguns dias.

Normalmente, a origem das ondas de calor está ligada à persistência de sistemas de alta pressão intensa, que podem resultar em bloqueios atmosféricos.

Dentro desses sistemas de alta pressão, o ar desce da atmosfera superior para a inferior, sendo comprimido e aquecido durante esse processo.

Consequentemente, o ar quente fica retido próximo à superfície, formando uma espécie de cúpula ou domo de calor.

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