Consumir mais vitamina D faz cérebro funcionar melhor, sugere estudo
Pesquisadores da Universidade Tufts, nos EUA, identificaram que adultos com níveis mais altos de vitamina D em seus cérebros tinham melhor função cognitiva. O estudo foi publicado na revista Alzheimer’s & Dementia, da Alzheimer’s Association, na última quarta-feira (7).
Este é o primeiro estudo que examina os níveis da molécula no tecido cerebral. A análise abrangeu adultos com taxas variáveis de declínio cognitivo.
Os cientistas examinaram amostras de tecido cerebral de 290 participantes da Rush Memory and Aging Project, um estudo de longo prazo sobre o Alzheimer que começou em 1997. O banco de dados reúne informações cerebrais de idosos antes e depois da morte.
No estudo da Universidade Tufts, os pesquisadores procuraram o elemento em quatro regiões do cérebro. Duas têm associação com possíveis alterações com o Alzheimer, uma ao fluxo sanguíneo e outra não possui relação conhecida com declínios cognitivos.
A descoberta aponta que altos níveis dessa vitamina estavam presentes nas regiões cerebrais de pessoas que se correlacionam com uma melhor função cognitiva.
No entanto, o estudo não associou os níveis de vitamina D no cérebro a nenhum marcador fisiológico relacionado ao Alzheimer. Isso significa que ainda não está claro que a vitamina D pode afetar a função cerebral.
“Agora sabemos que essa molécula está presente em quantidades razoáveis no cérebro humano e parece estar relacionada a um menor declínio da função cognitiva”, disse Kyla Shea, autora do estudo. “Mas precisamos fazer mais pesquisas para identificar a neuropatologia à qual está ligada no cérebro antes de começarmos a projetar intervenções futuras”, pontuou.