As previsões estavam certas: nesta terça-feira (15) a população mundial provavelmente tenha alcançado a marca de 8 bilhões de pessoas. No site do Censo dos EUA é possível acompanhar a contagem regressiva – acesse aqui.
Até a tarde de segunda (14), faltavam menos de 100 mil pessoas para o número. Nas projeções da ONU (Organização das Nações Unidas), o planeta terá 8,5 bilhões de pessoas até 2030. No final de 2050, deveremos ser 9,7 bilhões.
Antes do fim do século, o mundo deve chegar a 10,4 bilhões de pessoas. Quando isso acontecer, a Índia será o país mais populoso, superando a China. Hoje são 1,410 bilhão de chineses e 1,389 bilhão de indianos.
Além dos dois países asiáticos, o maior aumento populacional até 2050 deve ser nos países em desenvolvimento. A maior concentração ficará na República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Tanzânia.
A estimativa coloca a África – em especial a região subsaariana – com o maior volume de aumento populacional do planeta nos próximos anos.
Crescimento mais lento
O avanço da população mundial avança em um ritmo mais lento desde 1950. Segundo relatório da ONU, isso tem a ver com a queda na fecundidade em diversos países nas últimas décadas – incluindo os da América Latina.
Hoje dois terços da população vive em país ou região onde as taxas de natalidade estão abaixo de 2,1 nascimentos por mulher. O índice, correlacionado com o aumento da emigração, alimenta a estimativa de que as populações de 61 países vão diminuir 1% ou mais entre 2022 e 2050.
Estudiosos apontam que a redução na natalidade tem relação com os níveis de educação – especialmente das mulheres. Ao terem melhores oportunidades profissionais e financeiras, mulheres tendem a ter menos filhos.
Por causa disso, a estimativa é que a parcela global com 65 anos ou mais aumente de 10%, em 2022, para 16% em 2050. Até lá, o número de idosos deve ser o dobro do número de crianças com menos de cinco anos.
A ONU orienta que países com populações idosas adaptem seus programas públicos para ampliar o acesso à saúde e sistemas de previdência.
Em 2019, a expectativa de vida global era de 72,8 anos – quase nove anos a mais que em 1990. Por causa da covid, porém, a estimativa caiu para 71 anos em 2021.