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Copa América: Instituto Adolfo Lutz detecta nova cepa circulando entre jogadores

A variante B. 1.216 foi encontrada em dois jogadores de seleções internacionais. Até então, ela era inédita no país.

Imagem: Reprodução

Autoridades brasileiras foram criticadas pela população e por especialistas ao autorizar a realização da Copa América no pior momento da pandemia. Mesmo assim, os jogos estão acontecendo e já podemos ver alguns dos resultados: segundo análises do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, há ao menos uma nova variante do vírus circulando pelo Brasil.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as amostras colhidas de jogadores equatorianos e colombianos indicam resultado positivo para a variante B. 1.216, até então inédita no Brasil. No último balanço divulgado pela Conmebol, em 24 de junho, 166 pessoas relacionadas à Copa América estavam infectadas.

A nova cepa, originária da Colômbia, já chegou aos Estados Unidos, Caribe e alguns lugares da Europa. No entanto, ainda não há informações de que ela pode ser mais contagiosa ou mais letal. Ainda assim, os dados devem ser acompanhados por cientistas. De acordo com o periódico, após confirmar a identificação da variante, o Adolfo Lutz enviou alertas para o Estado do Mato Grosso, território onde o material foi coletado, e ao Ministério das Saúde.

Em uma entrevista ao Gizmodo Brasil, o professor Valdes Roberto Bollela, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), já havia alertado sobre a realização do campeonato: “[…]Do ponto de vista prático, há vinda de várias pessoas, de vários países, em um momento que ainda está crítica a pandemia no Brasil”, disse. Em um momento no qual menos de 15% da população brasileira está com a segunda dose, o risco do aumento de casos é grande já que o país “só estará protegido quando 85% da população estiver imunizada”.

É preciso lembrar que, mesmo após as duas doses da vacina, ainda é necessário o uso de máscaras e o distanciamento social, uma vez que a variante Delta — cepa mais transmissível — já foi detectada em 20 brasileiros. O Ministério da Saúde já confirmou duas mortes desencadeadas pela cepa no país: Uma das vítimas foi uma gestante que morava no interior do Paraná e a segunda foi um indiano que estava em um navio que atracou na costa do Maranhão.

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