Ciência

Risco de câncer: EUA proíbem corante vermelho que está em uso no Brasil

Corante alimentício vermelho eritrosina é banido nos EUA; entenda o por quê
Imagem: Reprodução/Unsplash

Nesta quarta-feira (15), a FDA (Food and Drug Administration), agência federal dos EUA, proibiu o corante Red Dye Nº 3 (eritrosina). Isso porque o corante vermelho, presente em alimentos, bebidas e medicamentos, está associado por estudos a casos de câncer em ratos. Ou seja, isso impede sua comercialização pela “Cláusula Delaney” do país.

O que é a eritrosina e onde é proibida? E no Brasil?

A eritrosina, do latim “eritro” (vermelho), é um aditivo sintético derivado do petróleo. Ele está presente em alimentos como bebidas coloridas, doces, salsichas e cerejas em calda, bem como remédios como o Venvanse.

Vale destacar que, em 1990, o FDA já havia proibido o uso do corante em cosméticos e medicamentos tópicos.

“Se você não pode colocar isso na sua pele, por que você comeria?”, questionou Linda Birnbaum, ex-diretora do Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental e do Programa Nacional de Toxicologia dos EUA, à Bloomberg.

Outros lugares, como a União Europeia, o Reino Unido e a Austrália também têm restrições. Além disso, nos EUA, o estado da Califórnia também já proibia o corante desde 2023.

No Brasil, por sua vez, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não impede sua comercialização. Porém, à Folha de S. Paulo, a agência regulatória brasileira afirmou que pretende rever as referências científicas.

O que muda com a proibição do corante vermelho e posicionamento da FDA

Com a proibição, os fabricantes de alimentos norte-americanos têm até 15 de janeiro de 2027 para reformular seus produtos sem o corante. Já os fabricantes de medicamentos têm o prazo maior, chegando a 18 de janeiro de 2028.

Apesar da proibição, a FDA observou que os níveis de exposição ao corante em humanos são significativamente mais baixos do que os que causaram câncer em camundongos. Além disso, estudos envolvendo outros animais e humanos não mostraram os mesmos efeitos.

Aliás, Robert F. Kennedy Jr., escolhido como o secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos de Donald Trump, já considerava banir corantes alimentares e aditivos possivelmente prejudiciais.

O novo presidente dos EUA toma posse na próxima segunda-feira, em 20 de janeiro.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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