![Corre: Celular Samsung A15 por apenas R$ 779](https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2024/07/galaxy-a15-300x180.webp)
Couro de micélio: conheça o material produzido a partir de fungo regenerativo
![Fungo de planta infecta humano pela primeira vez](https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2023/04/Fungo-planta.jpg)
Um grupo de cientistas tem estudado um tipo de couro vegetal feito a partir de um fungo que pode se regenerar naturalmente. Como descreve um artigo publicado na revista científica Advanced Functional Materials, acredita-se que o material pode ser um substituto promissor para o couro animal.
O estudo foi liderado por Elise Elsacker, pós-doutoranda no Departamento de Bioengenharia e Microbiologia da Universidade Vrije, em Bruxelas (Bélgica). Sua equipe conseguiu produzir um couro auto-recuperável a partir do micélio, conjunto de filamentos finos e ramificados que compõem o corpo vegetativo dos fungos.
O micélio é responsável por extrair nutrientes do substrato onde o fungo se desenvolve e também por interagir com outros organismos presentes no ambiente.
Os pesquisadores tinha a hipótese de que caso as condições de produção fossem ideais, o micélio poderia reter sua capacidade de crescer novamente se fosse danificado. O fungo foi, então cultivado em uma “sopa” rica em nutrientes para criar um couro vegetal.
![A imagem mostra clamidósporos.](https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2023/04/041823_JC_living-leather_inline.jpg)
Os clamidósporos são nódulos encontrados no micélio dos fungos que podem voltar à vida quando expostos a nutrientes adequados. Eles ficam adormecidos em um couro perfurado (imagem à esquerda). Quando os nutrientes são fornecidos, os clamidósporos se reanimam e o couro é reparado (imagem do meio), embora pequenas manchas ainda possam ser visíveis no couro reparado (imagem à direita). Imagem: Elise Elsacker/Advanced Functional Materiais, 2023.
Depois de fazer furos no material, os pesquisadores conseguiram reviver os clamidósporos do micélio mergulhando a área no caldo usado para cultivá-lo. O micélio eventualmente cresceu sobre as perfurações e a área danificada foi tão grande quanto a área não danificada, embora com reparos visíveis.
A técnica poderá ser vendida já a partir da próxima década. Entretanto, os pesquisadores precisam fortalecer o couro e controlar o crescimento dos clamidósporos para evitar que o material cresça de forma descontrolada.