_Arqueologia

Crânio encontrado em Israel tem marcas de cirurgia cerebral feita há 3,5 mil anos

O homem operado foi enterrado em um palácio na antiga cidade de Armagedom. Os restos mortais estavam ao lado do corpo de seu irmão

Crânio encontrado em Israel tem marcas de cirurgia cerebral feita há 3,5 mil anos

Imagem: Plos One/Reprodução

Uma equipe formada por pesquisadores dos Estados Unidos e Israel encontrou no país do Oriente Médio os corpos de dois indivíduos que faleceram há cerca de 3,5 mil anos. Ambos eram do sexo masculino e parecem pertencer à mesma família de elite. 

Os restos mortais foram revelados no sítio arqueológico de Meggido, região também conhecida pelo nome grego Armagedom. Estavam enterrados dentro de um palácio, ao lado de cerâmicas e outros objetos de valor, sugerindo o alto status. 

Um dos crânios chamou mais a atenção devido às marcas de trepanação, procedimento cirúrgico que consiste na raspagem ou corte do osso para expor o cérebro. O método parece ter sido usado no passado para aliviar certo acúmulo de pressão contra o órgão. 

Evidências de cirurgia cerebral já foram encontradas em regiões da África, Europa, Mediterrâneo, entre outras. No Oriente Médio, por outro lado, há menos amostras, sendo essa a mais antiga encontrada até agora. 

O procedimento, no entanto, não funcionou. O homem parece ter morrido logo após a cirurgia. Análises de DNA sugerem que o outro corpo pertencia ao irmão mais novo do operado, que morreu de causas desconhecidas.

De toda forma, nenhum dos dois estava bem de saúde. Os ossos indicavam deficiência de ferro na infância, o que pode ter afetado o desenvolvimento dos meninos. O mais velho, que passou pela cirurgia cerebral, apresentava sinais atípicos no crânio e também possuía um molar extra, o que indicava a existência de uma displasia cleidocraniana.

Os pesquisadores também encontraram sinais de doenças infecciosas em ambos os corpos, provavelmente tuberculose ou lepra. O estudo completo foi publicado na revista Plos One.

Sair da versão mobile