Cremação com rituais de magia é revelada por arqueólogos na Turquia
Pesquisadores da Universidade Católica de Leuven e do Instituto Real Belga de Ciências Naturais, ambos na Bélgica, identificaram uma maneira inédita de cremação aplicada no início do Império Romano.
A equipe estava trabalhando na antiga cidade de Sagalassos, no sudoeste da Turquia, quando notou os enterros diferenciados. Artefatos encontrados na região mostraram que a antiga civilização queimava os mortos diretamente no local.
Isso diferencia o ritual de outros realizados durante a era romana. O comum era que o corpo fosse cremado em uma pira funerária, com os restos mortais sendo movidos e guardados posteriormente.
Mas não foi isso que surpreendeu o grupo. Os cientistas também encontraram pregos enterrados junto aos restos mortais e perceberam que o local de cremação foi coberto por uma camada de cal e tijolo.
A equipe acredita que tais detalhes tenham sido acrescentados para evitar que os mortos escapassem dos túmulos. Os povos antigos adicionaram os pregos, por exemplo, como uma barreira ao redor dos ossos carbonizados, enquanto a cal prendia o corpo dentro do solo.
As pessoas que realizaram o enterro provavelmente temiam algum tipo de retaliação e fizeram de tudo para manter o falecido bem distante. O estudo completo foi publicado na revista científica Antiquity.
Os romanos ocuparam o sítio arqueológico de Sagalassos entre os séculos 5 e 13. Além do aparente cemitério, os arqueólogos também já identificaram no local um teatro e um complexo de termas, destinado a banhos públicos.