Ciência

Crise climática custa R$ 1,9 bilhão por dia para o mundo, mostra levantamento

Mundo perde US$ 16 milhões por hora, o equivalente a R$ 82 milhões, por causa das mudanças climáticas
Imagem: Xavier Coiffic/ Unsplash/ Reprodução

O mundo tem vivido com cada vez mais frequência eventos climáticos intensos. Queimadas, ondas de calor e secas prolongadas já fazem parte do dia a dia de diversas populações. Uma pesquisa, publicada na revista Nature, apontou que a crise climática também tem um alto custo econômico: R$ 1,9 bilhão por dia.

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O valor apontado pelo estudo é cerca de US$ 16 milhões por hora, o equivalente a R$ 82 milhões. “Descobrimos que 143 bilhões de dólares por ano em custos de eventos extremos são atribuíveis às alterações climáticas. A maior parte (63%) disso se deve à perda de vidas humanas”, escreveram os cientistas no relatório.

O restante decorre da destruição de propriedades e outros bens. Os anos com o maior número de perdas foram 2008, seguido por 2003 e depois 2010 – todos impulsionados por eventos de elevada mortalidade, segundo a investigação.

Os especialistas destacam alguns eventos que marcaram esses anos. Entre eles, o ciclone tropical Nargis, que atingiu Mianmar em 2008 e matou mais de 80 mil pessoas, segundo a Cruz Vermelha.

Já o ano de 2003 foi marcado a uma forte onda de calor em toda a Europa continental que gerou 70 mil mortes. Em 2010, houve uma onda de calor na Rússia e uma seca na Somália.

Crise climática gerou o mês mais quente da história

O mês de setembro de 2023 terminou com alguns recordes quebrados. As temperaturas do mês passado foram as mais quentes em mais de 80 anos, superando a marca anterior por uma grande margem.

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De acordo com o serviço climático da União Europeia, setembro deste ano foi 0,93ºC mais quente do que a temperatura média dos meses de setembro entre 1991 e 2020. Com isso, bateu o recorde anterior de 0,5ºC, estabelecido em 2020.

Essa é a margem mais quente acima da média para um mês em 83 anos de registros, segundo o Serviço de Mudança Climática Copernicus, da Agência Espacial Europeia (ESA).

Quando se considera o ano todo, 2016 é atualmente o ano mais quente registrado.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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