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Cuba bloqueia WhatsApp, Facebook e outras redes sociais para conter protestos

Pelo menos 50 pontos espalhados pela ilha de Cuba perderam acesso às comunicações.

Imagem: Alexander Kunze/Unsplash

Imagem: Alexander Kunze/Unsplash

No último domingo (11), milhares de cubanos foram às ruas protestar contra o governo do líder de Cuba, Miguel Díaz-Canel — é o primeiro grande protesto em décadas de ditadura. E para tentar conter os manifestantes, o presidente da ilha vem cortando o acesso dos cidadãos a aplicativos como Facebook, Instagram, Telegram e WhatsApp.

Segundo dados da NetBlocks, empresa global de monitoramento livre da internet, desde segunda-feira (12) o governo tem limitado sites, redes sociais e plataformas de mensagens em Cuba. O corte nas comunicações teria vindo por parte da estatal ETECSA (Empresa de Telecomunicaciones de Cuba S.A), que é dona da Cubacel, única operadora de telefonia celular no país. O governo cubano não assumiu a autoria do corte aos serviços de comunicação.

A NetBlocks afirma que cerca de 50 pontos espalhados por Cuba tiveram a conexão totalmente suspensa. Houve ainda cortes de energia na capital Havana e em cidades nos arredores, de acordo com informações da agência Associated Press. Os serviços mais afetados foram Telegram e Facebook, que registraram quase 90% na perda de conectividade nesta segunda.

Miguel Díaz-Canel declarou que as pessoas não podem acreditar “nos youtubers contrários ao sistema adotado no país”, e que os protestos estão sendo liderados por delinquentes que “manipulam as emoções da população por meio das redes sociais”.

Manifestações em Cuba são as maiores desde os anos 90

Os protestos recentes em Cuba são os mais proeminentes desde a década de 1990, e surgiu durante um movimento nas redes sociais em que os usuários cubanos pedem por mais vacinas contra a Covid-19. Os manifestantes também reivindicam melhora na economia e um suporte mais amplo para comida e medicamentos, principalmente agora que o país enfrenta uma nova onda de infecções do novo coronavírus.

[Folha de São Paulo, G1]

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