Se fica frustrado por não ser o melhor dançarino do rolê, não se preocupe: a culpa de sua falta de remelexo pode ser dos seus genes.
Uma equipe de cientistas identificou 69 variantes genéticas associadas à sincronização das batidas – ou seja, a capacidade de se mover em sincronia com a música.
O estudo, publicado na revista Nature Human Behavior, indicou que a capacidade de dançar conforme a música é parcialmente codificada no genoma humano. A pesquisa mapeou dados de mais de 600 mil pacientes e identificou alelos genéticos que variam conforme a capacidade de mover conforme a música.
A conclusão foi: acompanhar o ritmo é um processo mais complexo que parece. Depende de uma arquitetura genética que inclui ritmos biológicos como andar, respirar e até padrões cardíacos.
Muitos dos genes associados à sincronia com um ritmo musical estão envolvidos na função do sistema nervoso central. Isso inclui genes que aparecem muito cedo no desenvolvimento do cérebro e em áreas subjacentes às habilidades auditivas e motoras.
“O ritmo não é influenciado apenas por um único gene, mas por muitas centenas deles”, disse a coautora do estudo Reyna Gordon, professora de Otorrinolaringologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Vanderbilt, nos EUA.
A boa notícia é que todo mundo é capaz de dançar – mesmo que uns tenham mais facilidade que outros. “Tocar, bater palmas e danças em sincronia da música está no cerne da genética humana”, pontuou Gordon.