A energia que os foguetes demandam para desafiar a gravidade da Terra e se manter no espaço não é pouca coisa.
Para subir, as espaçonaves usam combustível propelente que, quando aquecido, se transforma em um gás de alta pressão e temperatura – aquele fogaréu que vemos sair da “cauda” dos foguetes na decolagem.
Mas para permanecer no espaço e enviar informações para a Terra, muitas vezes por anos a fio, esses meios de transporte precisam de outra garantia. Hoje o tipo de energia mais comum é a solar, mas existem outros métodos para abastecer as naves em missão. A seguir, conheça cada uma delas.
Células de combustível
É comum usar células de combustível quando as missões não duram mais de algumas semanas. Na prática, é um tipo de bateria onde ocorre o fornecimento de energia a partir da alimentação contínua de gases. O fato de ser uma fonte não renovável forçou a redução do uso nos últimos anos.
RTG (gerador termoelétrico de radioisótopos)
É a tecnologia usada pela sonda Voyager 1, da NASA, lançada em setembro de 1977 para investigar Júpiter e Saturno. O método fornece energia ao converter o calor liberado durante o decaimento radioativo do isótopo plutônio-238 em energia elétrica.
Esse é um tipo de energia indicado para viagens mais longas – como é o caso de Voyager 1. A sonda já soma mais de 45 anos em operação recebendo e transmitindo dados para a Terra.
Energia solar
Assim como a energia do Sol chega à Terra, ela também se espalha por todo o universo em forma de ondas eletromagnéticas. Por isso não demorou até que os astrônomos entendessem que usar painéis solares nos satélites e foguetes enviados ao espaço poderia ser uma boa saída para evitar baterias pesadas e outros equipamentos a bordo.
O primeiro foguete a receber a tecnologia foi o Vanguard 1, satélite lançado pelos EUA em 1958. Com diâmetro de 16 cm e massa de 1,5 kg, seis painéis solares de 2 cm o abastecem até hoje. De lá para cá, outros grandes empreendimentos espaciais também receberam placas solares, incluindo o telescópio Hubble e a ISS (Estação Espacial Internacional).
A diferença, é claro, é o tamanho. A ISS, por exemplo, conta com 262.400 células solares capazes de produzir até 120 quilowatts de energia, o suficiente para abastecer mais de 40 residências, segundo a NASA.
De modo geral, essa energia varia com o ângulo dos painéis e da exposição solar. Por isso, é comum que meios espaciais armazenem a energia em baterias recarregáveis para poder usá-la nos períodos mais distantes do Sol.