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Delivery de álcool na pandemia causou aumento do consumo de bebida

Facilidade de entregar bebidas alcoólicas em casa também elevou o consumo de álcool durante a Covid-19

Delivery de álcool na pandemia causou aumento do consumo de bebida

Imagem: Rowan Freeman/Unsplash/Reprodução

O aumento da oferta de delivery de bebidas alcoólicas durante as restrições da pandemia, quando as pessoas não podiam sair de casa para conter a propagação da Covid-19, impulsionou o consumo de álcool nos Estados Unidos.

A constatação está em um estudo da Faculdade Johns Hopkins Bloomberg de Saúde Pública, em Baltimore (EUA), publicado em dezembro

A pesquisa mostra que mais estados norte-americanos permitiram a entrega domiciliar de álcool aumentou de 2020 a 2022. Em janeiro de 2020, dois meses antes da primeira contaminação no país, a modalidade existia em 21 dos 50 estados do país. Em janeiro de 2022, o número saltou para 38. 

Mas a facilidade de receber álcool em casa também elevou o consumo. Segundo o estudo, os participantes que receberam álcool em suas casas foram quase duas vezes mais propensos a relatar consumo excessivo da bebida do que aqueles que não tiveram acesso à tele-entrega. 

“Embora muitos estados tenham expandido suas leis [de delivery] durante a Covid-19 como forma de ajudar as empresas, poucos consideraram o potencial impacto na saúde pública”, disse Elyse Grossman, a principal autora do estudo. 

Pesquisa não analisou consumo dos jovens 

O estudo entrevistou 838 adultos dos EUA em maio de 2020. Mas o potencial de danos do delivery de álcool pode ser muito maior. Isso porque a pesquisa não examinou os hábitos de consumo dos jovens. 

Mas, segundo Grossman, é possível que os menores de 21 anos também tenham consumido mais bebidas alcoólicas por causa dos incentivos ao delivery. O motivo: muitos varejistas e motoristas de entrega não verificavam as identidades no momento da compra. 

“Temos a hipótese de que os hábitos de consumo dos jovens também foram impactados negativamente pela expansão das leis de entrega em domicílio”, afirmou a pesquisadora. “No futuro, é importante que a saúde pública receba maior peso quando os estados estiverem considerando decisões políticas que aumentem o acesso ao álcool”, pontuou. 

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