Departamento de Justiça dos EUA poderá abrir investigação antitruste sobre o Facebook
O Departamento de Justiça dos EUA planeja ingressar no crescente grupo de agências que investigam o Facebook por violações antitruste.
A Bloomberg e a Reuters relataram na quarta-feira (25) que foram informadas por uma fonte de que o Departamento de Justiça abrirá em breve uma investigação antitruste sobre a empresa.
Isso só aumentaria as complicações regulatórias enfrentadas pelo Facebook, em meio a um cenário em que grandes empresas de tecnologia como Amazon, Google e Apple também enfrentam uma maior supervisão estadual e federal, à medida que as autoridades e o público em geral estão se tornando mais conscientes da crescente influência dessas empresas no mercado e suas falhas em proteger o consumidor.
O Facebook já está sendo investigado pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados, pela Comissão Federal de Comércio e por um grupo de procuradores gerais do estado chefiados pela procuradora-geral de Nova York Letitia James.
Ainda não é de conhecimento público qual será o foco da investigação do Departamento de Justiça.
Em julho, o Departamento de Justiça anunciou que havia lançado uma investigação abrangente sobre as “plataformas online líderes de mercado” para descobrir se elas “estão se engajando em práticas que reduziram a concorrência, reprimiram a inovação ou prejudicaram os consumidores”. O Wall Street Journal informou na época em que o Departamento de Justiça havia realizado recentemente audiências fechadas, em que os legisladores receberam depoimentos de críticos do Facebook.
O Facebook não respondeu a uma solicitação do Gizmodo para comentar.
O Comitê Judiciário está investigando se o Facebook – junto com Google, Amazon e Apple – participou de comportamentos anticompetitivos. O grupo de procuradores-gerais está tentando determinar se a rede social colocou em risco a proteção do consumidor e limitou suas escolhas. O Wall Street Journal informou no mês passado que a FTC estava analisando as aquisições do Facebook. Nos últimos 15 anos, a companhia adquiriu cerca de 90 empresas, incluindo WhatsApp e Instagram. E, apesar do crescente escrutínio de suas práticas competitivas, não há sinais de desaceleração em sua missão de devorar tudo à vista. Ainda esta semana, a gigante das redes sociais comprou o CTRL-Labs, uma startup focada em tecnologia de leitura cerebral, por algo entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão.
A fonte anônima disse à Bloomberg que o Departamento de Justiça está investigando uma conduta diferente da que a FTC está trabalhando. Quando a FTC multou o Facebook em julho, as ações da empresa tiveram um aumento de 1,8%. Talvez, uma dessas outras investigações realmente ajude mais os consumidores do que o Facebook.