O robô LS3, mais popularmente conhecido como BigDog, está sendo aposentado. Esperava-se que ele pudesse trabalhar como um burro de carga para soldados americanos em campo, mas ele era simplesmente barulhento demais.
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As primeiras versões deste robô quadrúpede foram feitas em 2008 pela Boston Dynamics; e depois, em 2010, sob um contrato de US$ 32 milhões com a DARPA – agência do governo americano que cria tecnologias militares.
Até 2012, ele era conhecido como AlphaDog, apesar de o apelido BigDog ter conquistado a imaginação popular. E sua evolução foi cuidadosamente monitorada por entusiastas de robôs ao redor do mundo. No final de 2013, o Google comprou a Boston Dynamics.
Em 2014, o LS3 foi usado durante o RIMPAC, uma série de exercícios militares nas ilhas do Havaí: ele era esperto o suficiente para acompanhar os outros fuzileiros navais, seguir trilhas e trabalhar em conjunto com outros BigDogs. Mas, quase chegando em 2016, os militares dos EUA decidiram deixá-lo de lado.
“Os fuzileiros navais o usaram, mas havia o desafio de ver uma utilidade em potencial por causa das limitações do próprio robô”, disse Kyle Olson, porta-voz do MCWL (Laboratório de Combate do Corpo de Fuzileiros Navais), ao Military.com. “Eles notaram que o robô era barulhento e revelaria a posição deles.”
Não há dúvida de que o BigDog soa como um cortador de grama, fazendo um ruído constante enquanto anda por aí. Mas ele é uma máquina robusta, capaz de transportar 180 kg, atravessar terrenos acidentados, e até tomar um pontapé sem cair – especialmente o Spot, a versão menor, que conseguia levar menos peso e era ainda mais ágil que o BigDog.
É seguro dizer que o legado deles vai viver nos inúmeros robôs que ainda estão por vir: assim funciona a robótica, melhorando constantemente a tecnologia que veio antes.
“Nós tendemos a brincar com coisas que são fantasiosas e estranhas”, disse Olson ao Military.com. “Aprender com ele foi uma grande parte disso, e ainda estamos aprendendo.”
O LS3 pode ter sido abandonado porque os engenheiros não conseguiram enfrentar adequadamente o problema do ruído, mas os militares aprenderam um pouco sobre robôs quadrúpedes ao longo do caminho. Estamos vendo um progresso evolutivo semelhante em robôs humanoides – área em que a Boston Dynamics também atua.
Vida longa ao BigDog.
[Military.com via Popular Science]
Foto por Sarah Dietz, U.S. Marine Corps/Wikimedia Commons