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Dia de 25 horas? Terra está desacelerando e dias ficam mais longos

Alerta do Serviço Internacional de Rotação da Terra e Sistemas de Referência: derretimento das calotas polares está alterando a distribuição de massa da Terra e a sua rotação

Eixo da Terra está alterado pelo bombeamento da água subterrânea dos humanos

Cientistas confirmam que a Terra está desacelerando seu ritmo de rotação. Após anos de aceleração, 2023 marcou a primeira vez em sete anos que os dias se alongaram, uma tendência que deve continuar até março de 2025.

O derretimento das calotas polares, que está alterando a distribuição de massa do planeta e, consequentemente, sua rotação, pode ser considerado a raiz deste fenômeno.

O Serviço Internacional de Rotação da Terra e Sistemas de Referência (IERS, na sigla em inglês) prevê que a duração de um dia pode aumentar em até +1,63 milissegundos ao longo de 24 horas até março de 2025.

Este ajuste pode parecer insignificante, mas tem implicações profundas para nossa sociedade tecnológica.

Desde a navegação por GPS até sistemas de comunicação, todos dependem da precisão do tempo. Isso pode gerar a necessidade de ajustes, como a adição de “segundos bissextos” para manter a sincronia global.

A longo prazo, espera-se que a duração de um dia na Terra alcance 25 horas em aproximadamente 200 milhões de anos.

A desaceleração não é um fenômeno novo. Historicamente, a Terra girava mais rapidamente, com dias estimados em 19 horas há cerca de 2 bilhões de anos.

Núcleo interno da Terra pode estar girando mais lentamente que a superfície

Em um artigo publicado no periódico Nature Geoscience, pesquisadores da Universidade de Pequim, na China, sugeriram que o núcleo interno da Terra parou de girar mais rápido que a superfície do planeta. E, agora, pode estar girando mais devagar do que ela.

Imagem: Flickr/Reprodução

Cientistas afirmam que a “tendência negativa” do movimento do núcleo não é definitiva e a próxima mudança ocorreria em meados da década de 2040.

Embora as implicações possam parecer pequenas para os habitantes da superfície, o movimento diferencial desse sistema afeta a ação gravitacional e gera o campo magnético terrestre.

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