Divulgada imagem de átomos com a mais alta resolução já vista
Cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, quebraram um recorde ao captar uma imagem de átomos com a maior resolução da história.
O processo só foi possível graças a uma técnica chamada pticografia, um processo que utiliza algoritmos e foi combinado com um detector de alta potência, desenvolvido pelos cientistas em 2018.
A pticografia usa padrões de interferência criados pela divisão de elétrons quando esses se colidem com átomos. Ao medir esses padrões, o sistema consegue gerar uma imagem detalhada da estrutura atômica.
Aliás, esse detector também quebrou o recorde mundial ao triplicar a resolução de microscópios avançados. No entanto, a abordagem tinha um desafio: o sistema só funcionava com amostras atômicas ultrafinas.
Portanto, qualquer átomo mais grosso causaria a dispersão de elétrons de uma forma que os pesquisadores seriam incapazes de desemaranhar.
Desse modo, os mesmos cientistas utilizaram um detector de matriz de pixels de microscópio eletrônico (EMPAD), incorporando algoritmos mais sofisticados de reconstrução 3D.
Asim, em maio de 2021, os cientistas conseguiram captar a imagem de átomos com a maior resolução da história, reconstruindo elétrons de um cristal de PrScO3 através da psicografia, aumentado em 100 milhões de vezes.
Com essa técnica, os pesquisadores conseguiram ajustar adequadamente a resolução que a foto possui apenas um desfoque devido à oscilação térmica dos átomos.
O processo para captar a imagem de átomos com maior resolução da história foi descrito em um estudo publicado em maio de 2021. Segundo o co-autor do estudo, o pesquisador Zhen Chen, o feito não apenas “quebra o recorde, mas, também, estabelece um novo limite para resolução microscópica”.
Portanto, a imagem também muda nossa percepção sobre o mundo atômico e a pesquisa possibilita novos avanços em campos como a ciência dos materiais e na comunicação quântica.