Do chão de fábrica ao PIX: a história do QR code
O QR Code está no cardápio do restaurante, em ingressos de eventos, pode servir para pagamentos, transferências e autenticação — permitindo que você entre no WhatsApp Web ou compartilhe a senha do wi-fi para alguém, por exemplo. E, ainda que tenha ganhado popularidade só na última década, ele é uma criação antiga.
Em 1952, o código de barras tradicional foi criado, e na década de 1980, já era usado em larga escala. Na década de 1990, porém, o aumento na produção exigiu que fosse desenvolvido um código de barras mais potente.
O japonês Masahiro Hara é creditado como o pai da invenção. Ele era funcionário da Denso Wave, fabricante de componentes automotivos com 70 anos de mercado que é uma subsidiária da Toyota, no Japão. Ele bolou a ideia do QR Code em 1994, com a finalidade de ser um símbolo de fácil identificação pelo equipamento de scanner que lida com o controle de estoque.
A versão tradicional pode armazenar apenas 20 caracteres alfabéticos — uma quantidade limitada de informação. Funcionários da Denso reclamavam que a digitalização era demorada, já que tinham que escanear mais de mil códigos de barras por dia. Uma solução foi tentar desenvolver um código “2D”, que poderia armazenar até 7 mil caracteres.
Havia um problema: códigos “2D”, que poderiam guardar mais informação do que os tradicionais códigos de barras (lidos apenas por um sensor na horizontal), eram mais difíceis de ser identificados pelas máquinas. Hara, então, resolveu criar um tipo de identificador — os três quadrados nos cantos do código QR, que permitem às máquinas posicionar e ler melhor um código.
O código QR passou a ser mais amplamente usado a partir de 2011, quando as varejistas americanas Macy’s e Best Buy começaram a usá-lo em suas lojas.
Mas, para além dos mercados, a aplicação mais comum passou a ser a leitura a partir de câmeras de celular. Depois que um código é gerado, é necessário escaneá-lo com seu smartphone para acessar o conteúdo em outro dispositivo.