Drone da Airbus bate recorde de horas de voo para nave não tripulada
De um campo de testes no Arizona, nos Estados Unidos, para Belize, país da América Central — sem escalas. Várias vezes seguidas. O Airbus Zephyr S, que é movido a energia solar, passou 26 dias à fio no ar, batendo com louvor o recorde de voo mais extenso do mundo que valia desde 2018 — e se limitava a 18 horas.
A nave não-tripulada voa em grandes altitudes para evitar o tráfego aéreo comercial e o clima adverso. A aeronave possui baterias que a mantém no ar durante a noite, o que significa que ela não precisa parar para abastecer com combustível. É o sonho daqueles que vivem de fazer longas viagens de avião e precisam trocar de aeronave no percurso.
O Zephyr S foi desenvolvido por Chris Kelleher, inventor americano que morreu em 2015. A Airbus criou uma linha de produção par ao modelo três anos depois, em 2018.
À BBC, que divulgou a história pela primeira vez, a Airbus não quis comentar nada sobre o voo. Um porta-voz de um departamento do Exército dos EUA afirmou que os mais recentes voos têm como objetivo “testar a capacidade de armazenamento de energia do veículo, a longevidade da bateria, a eficiência do painel de energia solar e as capacidades de manutenção de rota”.
Especialistas apontaram que essa experiência ainda pode abrir portas para uso da aeronave em aplicações militares, prestação de socorro em desastres e até fornecimento de imagens como se fosse um satélite.
Há diversas vantagens em relação a um satélite tradicional. A primeira é que o modelo de aeronave exclui a necessidade de manter um equipamento caro em órbita. Ao contrário de satélites, que não costumam ser trazidos de volta, aeronaves da Airbus podem retornar à Terra após cumprirem seu trabalho. Menos lixo espacial rodando em volta do planeta parece também uma boa ideia, né?