Drone mostra seca histórica do Médio Rio Solimões no Amazonas
Imagens aéreas de um drone feitas na cidade de Tefé, no Amazonas, mostraram do alto a seca do Médio Rio Solimões em setembro de 2023. Estima-se que a estiagem já tenha afetado 557 mil pessoas no estado, de acordo com um boletim do governo divulgado na última terça-feira (17).
A seca é a segunda maior já registrada no Amazonas, e matou mais de 100 botos. Em 12 de setembro, o governador Wilson Lima assinou um decreto de “Situação de Emergência Ambiental” nos municípios das regiões Sul do estado e na região metropolitana de Manaus.
59 municípios do Amazonas estão em situação de emergência (eram 50 na segunda-feira), enquanto a cidade Canutama, no sul do estado, está em alerta. Apenas Presidente Figueiredo e Apuí se encontram em estado de normalidade no momento.
Outros rios, como o rio Negro, também estão sentindo o efeito da estiagem. A cota mínima histórica do rio, que era 13,63 em 2010, chegou a 13,59 metros na segunda-feira (16). Ontem, esse índice já caiu para 13,49.
Enquanto isso, o último registro do Médio Solimões marca 10,36, com uma mínima de 8,02 em 2010. Segundo a GEA (Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento), a tendência é de que os volumes continuem diminuindo até o fim do mês.
De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, o Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Estiagem, empresas de táxi aéreo e fornecedores de combustível estão alinhando medidas de abastecimento de suprimentos essenciais para substituir as vias fluviais no estado durante o período de seca.